terça-feira, 26 de junho de 2012

A polêmica das sacolinhas

É incrível como as pessoas são levadas na conversa com relação a certos modismos.

Trata-se aqui das sacolinhas de supermercado, onde os estabelecimentos comerciais aproveitando a onda ecológica dos últimos anos tentaram empurrar goela abaixo em seus clientes e consumidores, a proibição de uso ds mesmas.

Como é do conhecimento da maioria, a associação de supermercados do estado de São Paulo, fizeram um acordo para não mais fornecer sacolinhas plásticas para embalagem de produtos pelos clientes, sob alegação de que as mesmas são prejudiciais ao meio ambiente.

Ora, isso todo mundo sabe, porém deixemos aqui alguns questionamentos:
1 - as embalagens plásticas que acondicionam outros produtos como materiais de limpeza, óleos, margarina, iogurte, xampu, refrigerantes entre outros, também não são prejudiciais ao meio ambiente?
2 – E o lixo doméstico que é acondicionado nas referidas sacolinhas reaproveitadas pela maioria da população, vai ser descartado de que maneira?
3 – Quais as alternativas sem custo para o consumidor embalar seus produtos?

Mas, como nem todo golpe dá resultado, o Ministério Público de São Paulo resolveu não homologar o referido acordo e os espertalhões varejistas terão que voltar a fornecer as sacolinhas.

E mais incrível ainda, é que outras cidades e capitais ensaiavam pactuar com os supermercadistas o mesmo tipo de acordo.

Abaixo, leia matéria publicada no Portal G1.

MP não homologa acordo sobre sacolas plásticas em São Paulo

Paulo Gonçalves - Campinas, SP

O Ministério Público decidiu não homologar o acordo que tirava as sacolinhas plásticas do supermercado porque entendeu que só o consumidor saiu perdendo. Há seis meses, os supermercados do estado de São Paulo fizeram um acordo para não fornecer as sacolinhas de plástico para o consumidor. O argumento era que as sacolas prejudicavam o meio ambiente.

“A questão ambiental foi esquecida desde o início. Eles querem vender sacos de lixo que são feitos da mesma matéria-prima que as sacolinhas”, diz o presidente da Plastvida, Miguel Bahiense. Teve supermercado que ignorou o acordo e continuou distribuindo sacolinhas.

Depois de muita reclamação, os supermercados passaram a oferecer alternativas e a vender sacolas biodegradáveis ou fornecer caixas de papelão. “Tem muita coisa para fazer, mas não ficar exigindo que o consumidor compre uma sacola qualidade inferior, que a gente acaba esquecendo, ou usando caixinha de papelão”, reclama a advogada Ana Maria Ribeiro.

Para o Conselho Superior do Ministério Público de São Paulo, o acordo para tirar as sacolinhas dos supermercados acabou prejudicando somente o consumidor.

O consumidor antes tinha direito a sacolinha de graça. Já os supermercados deixaram de entregar as sacolas e não ofereceram nada em contrapartida. Não baixaram os preços e ainda passaram a cobrar pelo fornecimento de outros tipos de sacolas.

Para o Ministério Público, essa relação é desequilibrada e deixa o consumidor em desvantagem em relação ao fornecedor. Por esse motivo, não concorda com a homologação do acordo. Com a decisão do Ministério Público, os supermercados vão ter que fazer um novo acordo.

Ainda não tem nada definitivo, mas a associação que representa os supermercadistas já adiantou que entre as novas propostas pode oferecer o reembolso para quem esquece a sacola retornável e uma redução no preço do saco de lixo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário