segunda-feira, 30 de maio de 2011

Contra o homem e contra a natureza

Para aqueles que afirmam que a aprovação do novo Código Florestal Brasileiro pela Câmara dos Deputados foi um avanço, não conhece a vida no campo.

Só nos resta aguardar que o Senado Federal, tenha o bom senso de avaliar e modificar os pontos necessários antes de aprovar o projeto, e mesmo que a presidente Dilma vete o que achar necessário.


Esse assunto além de polêmico é muito extenso e tema de outras muitas postagens que serão publicadas neste espaço.

Porém, o que eu quero mostrar no momento é um dos crimes cometido por aqueles que fazem parte do lobby dos mais interessados na aprovação do novo código, os desmatadores.

Foi o assassinato do casal de ambientalistas, José Claudio da Silva e Maria do Espírito Santo, mortos por pistoleiros na semana passada, em uma emboscada num assentamento agrícola no estado do Pará, cujo crime era a denúncia de extração ilegal de madeiras.

A seguir dois vídeos, um contando a saga dos dois ambientalistas, divulgado ontem no programa de domingo da TV Record e o outro mostrando o valor que os dois tinham para a classe ruralista que se encontrava nas galerias, quando anunciado o assassinato pelo Deputado Zequinha Sarney na tribuna da Câmara.



sexta-feira, 27 de maio de 2011

Crime ambiental

Semana passada a polícia federal divulgou operação feita no Pantanal Matogrossense, para coibir a caça a onça, que já vinha acontecendo há anos.

E pasmem, os safáris eram organizados pela sobrinha neta do Marechal Rondon, Beatriz Rondon, a um preço estimado em mais ou menos 50 mil dólares, para turistas americanos e europeus.

Beatriz Rondon é fazendeira na região e se beneficiava de indenização do governo para preservação da fauna.

Assistam ao vídeo com imagens chocantes dessa verdadeira covardia.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Como já era esperado

A presidente Dilma Rousseff acaba de suspender a Cartilha Anti-homofobia que o MEC estudava distribuir nas escolas brasileiras.

Abaixo, reproduzimos matéria publicada há pouco no jornal Folha de São Paulo.

Dilma suspende 'kit gay' após protesto da bancada evangélica

A presidente Dilma Rousseff determinou nesta terça-feira a suspensão da produção e distribuição do kit anti-homofobia em planejamento no Ministério da Educação, e definiu que todo material do governo que se refira a "costumes" passe por uma consulta aos setores interessados da sociedade antes de serem publicados ou divulgados.
Segundo o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria Geral), Dilma considerou o material do MEC "inadequado" e o vídeo "impróprio para seu objetivo".
A manifestação ocorreu na esteira de uma reunião de Carvalho com a bancada evangélica da Câmara. O grupo de parlamentares chegou a ameaçar o governo com obstrução da pauta no Congresso, colaborar com assinaturas para convocar o ministro Antonio Palocci (Casa Civil) a se explicar sobre sua evolução patrimonial e propor uma CPI para investigar o MEC.
Ontem, no plenário, o deputado Anthony Garotinho (PR-RJ) chegou a pedir a demissão do ministro da Educação, Fernando Haddad. Na semana passada, o mesmo Garotinho, que é vice-presidente da Frente Parlamentar Evangélica, afirmou que a bancada evangélica, composta por 74 deputados, não votaria "nada", nenhum projeto na Câmara, até que o governo recolhesse os vídeos anti-homofobia.
Mesmo depois das declarações do Planalto, Gilberto Carvalho afirmou que não há "toma lá, dá cá" entre o governo e a bancada evangélica na questão do kit e da convocação de Palocci.
O MEC nega que o kit e os vídeos que vazaram na internet tenham sido aprovados pelo ministério. Eles teriam sido produzidos por ONGs que prestam serviços à pasta e estariam em avaliação.
Os deputados da bancada evangélica afirmam que os vídeos e a cartilha anti-homofobia "são um estímulo ao homossexualismo".
"Mostramos ao ministro Gilberto Carvalho que é virulenta a maneira como o material está sendo aplicado", disse o ex-governador do Rio.

Assista vídeo com trecho da entrevista com a presidente Dilma Rousseff.

Outra polêmica

Nos últimos dias o MEC - Ministério da Educação distribuiu nas escolas um livro intitulado Por Uma Vida Melhor, o que vem gerando muita polêmica entre sociedade, imprensa e o próprio meio acadêmico.

Ontem, no programa Observatório da Impresa da TV Brasil, os professores Sérgio Nogueira, consultor de português das organizações Globo e Marcos Bagno da UNB, se degladiaram em um debate acalorado, cada um defendendo seu ponto de vista a respeito do assunto, inclusive aproveitando para colocar em pratos limpos algumas divergências de épocas anteriores.

A seguir trechos do livro Por uma Vida Melhor, selecionados pela jornalista Amanda Cieglinski da agência Brasil, e em seguida vídeo na íntegra do programa Observatório da Imprensa de 24/05/2011.

“É importante saber o seguinte: as duas variantes [norma culta e popular] são eficientes como meios de comunicação. A classe dominante utiliza a norma culta principalmente por ter maior acesso à escolaridade e por seu uso ser um sinal de prestígio. Nesse sentido, é comum que se atribua um preconceito social em relação à variante popular, usada pela maioria dos brasileiros”

“'Os livro ilustrado mais interessante estão emprestado'. Você pode estar se perguntando: ‘Mas eu posso falar ‘os livro?’.’ Claro que pode. Mas fique atento porque, dependendo da situação, você corre o risco de ser vítima de preconceito linguístico. Muita gente diz o que se deve e o que não se deve falar e escrever, tomando as regras estabelecidas para a norma culta como padrão de correção de todas as formas linguísticas. O falante, portanto, tem de ser capaz de usar a variante adequada da língua para cada ocasião”

“Na variedade popular, contudo, é comum a concordância funcionar de outra forma. Há ocorrências como:
Nós pega o peixe.
nós - 1ª pessoa, plural
pega - 3ª pessoa, singular
Os menino pega o peixe.
menino - 3ª pessoa, ideia de plural (por causa do “os”)
pega - 3ª pessoa, singular
Nos dois exemplos, apesar de o verbo estar no singular, quem ouve a frase sabe que há mais de uma pessoa envolvida na ação de pegar o peixe. Mais uma vez, é importante que o falante de português domine as duas variedades e escolha a que julgar adequada à sua situação de fala.”

“É comum que se atribua um preconceito social em relação à variante popular, usada pela maioria dos brasileiros. Esse preconceito não é de razão linguística, mas social. Por isso, um falante deve dominar as diversas variantes porque cada uma tem seu lugar na comunicação cotidiana.”

“A norma culta existe tanto na linguagem escrita como na linguagem oral, ou seja, quando escrevemos um bilhete a um amigo, podemos ser informais, porém, quando escrevemos um requerimento, por exemplo, devemos ser formais, utilizando a norma culta. Algo semelhante ocorre quando falamos: conversar com uma autoridade exige uma fala formal, enquanto é natural conversarmos com as pessoas de nossa família de maneira espontânea, informal.”

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Cartilha anti-homofobia

Ontem tomei conhecimento de parte do conteúdo da cartilha anti-homofobia do Ministério da Educação e que possivelmente deverá ser distribuída nas escolas de todo o país.

Que deverão ser tomadas as providências contra a homofobia, disso ninguém tem a menor dúvida, agora se dessa forma, as discusões estão apenas começando.

As camadas mais conservadoras da população, bem como das entidades religiosas e dos políticos mais radicais já se manifestaram.

Seria esse o método correto? As campanhas direcionadas através de TV, Jornais e Internet não surtiriam melhores efeitos? Gerariam menos polêmica?

Deixo para cada um fazer uma análise sobre o assunto.

A seguir, alguns dos vídeos que fazem parte da cartilha.







quinta-feira, 19 de maio de 2011

ETI, solução para a educação


Hoje 19/05, Palmas capital do Tocantins, que amanhã completa 22 anos de fundação, ganha um presente de extrema relevância.

Foi inaugurada pelo governo estadual mais uma escola de tempo integral - ETI, dessa vez de nível médio, onde os alunos terão dupla jornada.

O Secretário da Educação, Danilo de Melo Souza explicou que a escola se enquadra nas novas diretrizes curriculares do Ensino Médio, que além de transmitir os conteúdos de vestibular, irá preparar o aluno para as artes, esportes e para a iniciação profissional.

Todos nós sabemos que famílias de melhor poder aquisitivo podem colocar seus filhos em instituições de ensino complementar, onde os mesmos podem realizar uma formação apta a exercerem sua ampla cidadania, enquanto alunos oriundos de famílias menos abastadas estão condenados a uma educação medíocre.

O mais interessante é que alunos que freqüentam a escola de tempo integral e que se encontrem em processo de risco alimentar terão todas as suas necessidades básicas atendidas.

A seguir vídeo com pensamentos da educadora Maria Tereza Nidelcoff.


sexta-feira, 13 de maio de 2011

13 de maio

123 anos se passaram desde a “abolição da escravatura no Brasil” e apesar de alguns avanços ainda existe um vasto caminho a percorrer.

Segundo o IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, ficou apurado no Censo 2010 que o número de pessoas pobres de cor parda e preta corresponde ao triplo das pessoas consideradas de cor branca.

Outros exemplos são o pequeno número de cargos de relevância ocupados pelos negros tanto na esfera pública quanto privada, além é claro dos bairros de periferia das grandes cidades serem ocupados por pessoas de cor preta.

Publicamos a seguir para reflexão, texto de Frei David Santos Ofm e em seguida vídeo com fundo musical do cantor, compositor e ator Seu Jorge.

NEGROS, A FACE REAL DA LEI ÁUREA

Há 503 anos, o Brasil foi invadido por colonizadores europeus, com o objetivo de enriquecimento de setores da Europa. Para isso, seria necessário muito trabalho pesado. A solução encontrada foi a oficialização da escravidão no país como política econômica. Assim, as relações raciais e sociais foram contaminadas e, até hoje, estamos colhendo seus malefícios.

Com o passar dos anos, uma série de atos oficiais foi sendo promulgada. Por trás da capa de inclusão e solidariedade para com a população negra escravizada estava o objetivo de beneficiar os senhores das riquezas, das terras e do direito de vida e morte sobre os afro-brasileiros. Mais do que isso, a grande intenção da sociedade branca era excluir, marginalizar, afastar o negro do direito à terra, à educação, aos cuidados na infância e na velhice.

A Lei Áurea não é elencada entre os sete atos, porque podemos considerá-la nula. Na prática, quando foi assinada, só 5% do povo negro viviam sob regime de escravidão. Os demais tinham conseguido a libertação por meio dos próprios esforços. Podemos dizer, no máximo, que serviu como estratégia para dar à população negra respaldo de libertação jurídica. Não teve como preocupação fixar as comunidades negras na terra e garantir as terras nas quais já viviam, reconhecida pelas próprias leis dos dominantes.
Após a promulgação da Lei Áurea surgiu um movimento exigindo que o governo indenizasse os senhores que haviam perdido seus escravos. Rui Barbosa reagiu dizendo: "Se alguém deve ser indenizado, indenizem os escravos!". Tinha plena consciência das injustiças cometidas pela sociedade contra o povo negro. Hoje, na Uerj, muitos brancos abriram processos na justiça exigindo indenização (outra vaga) por "ter perdido" sua vaga para um negro. Quase nada mudou: trata-se o negro, ainda hoje, como "um sem direitos".

Jogo dos sete atos oficiais

1º Ato

O primeiro ato oficial foi a implantação da escravidão no Brasil. Através desta Bula (Dum Diversas) endereçada ao rei de Portugal, Afonso V, o papa Nicolau diz: "... nós lhe concedemos, por estes presentes documentos, com nossa Autoridade Apostólica, plena e livre permissão de invadir, buscar, capturar e subjugar os sarracenos e pagãos e quaisquer outros incrédulos e inimigos de Cristo, onde quer que estejam, como também seus reinos, ducados, condados, principados e outras propriedades... e reduzir suas pessoas à perpétua escravidão, e apropriar e converter em seu uso e proveito e de seus sucessores, os reis de Portugal, em perpétuo, os supramencionados reinos, ducados, condados, principados e outras propriedades, possessões e bens semelhantes...". Em 8 de janeiro de 1554, estes poderes foram estendidos aos reis da Espanha.

Apoiados nesse documento, os reis de Portugal e de Espanha promoveram uma devastação no continente africano, matando e escravizando milhões de habitantes. A África era o único continente do mundo que dominava a tecnologia do ferro. Com a invasão e o massacre promovido pelos povos europeus e, em seguida, a sua exploração colonizadora, o continente africano ficou com as mãos e os pés amarrados, permanecendo, assim, até hoje.

O poder colonial usou a Igreja para impor seus interesses escravistas. Cada ser humano, até hoje, tem uma postura política, e o poder faz uso desta postura conforme seus interesses. Outras posições da Igreja contra a escravidão e a favor da população negra não foram seguidas. Exemplo: o papa Urbano VIII, no ano de 1639, no breve "Comissum Vobis", afirmava que ficava automaticamente expulso da Igreja o católico que escravizasse alguém. Fechavam-se os ouvidos para ordens papais que não interessassem ao poder colonial.

O papa Leão XIII, em sua Encíclica "In Plurímis" dirigida aos bispos brasileiros em 5 de maio de 1888, transmite-nos a frieza, crueldade e o tamanho do massacre promovido pelos exploradores: "Do testemunho destes últimos resulta, mesmo que o número dos africanos assim vendidos cada ano, à maneira dos rebanhos de animais, não se eleva a menos de 400.000 (quatrocentos mil) dos quais cerca da metade, após serem cobertos de pancadas ao longo de um áspero caminho, sucumbem, miseravelmente, de tal sorte que os viajores que percorrem aquelas regiões podem, quão triste é dizê-lo, reconhecer o caminho que os destroços de ossadas marcaram".

O relato de massacre ("cerca de metade, após serem cobertos de pancadas ao longo de um áspero caminho, sucumbem miseravelmente") que nos é transmitido neste documento papal deve falar fundo em nossa consciência histórica de defensores da justiça do Reino de Deus. Todo cristão que tem senso de justiça deve reler estes 500 anos de colonização a partir das vítimas desta catástrofe colonizadora.

2º Ato

"... pela legislação do império os negros não podiam freqüentar escolas, pois eram considerados doentes de moléstias contagiosas."
Os poderosos do Brasil sabiam que o acesso ao saber sempre foi uma alavanca de ascensão social, econômica e política de um povo. Com este decreto, lei complementar à Constituição de 1824, os racistas do Brasil encurralaram a população negra nos porões da sociedade.

Juridicamente, o decreto agiu até 1889, com a Proclamação da República. Na prática, sua intenção funciona até hoje. Por exemplo: por que as escolas das periferias não têm, por parte do governo, o mesmo tratamento qualitativo das escolas das cidades? Como é que uma pessoa afro-descendente favelada terá motivação para estudar numa escola de péssima qualidade?

3º Ato

Quase todo o litoral brasileiro estava povoado por quilombos. Esses espaços eram formados por negros que, de diferentes formas, conquistavam a liberdade. Abrigavam, também, brancos pobres e indígenas que quisessem se somar ao projeto. Lá viviam numa organização social alternativa, tendo tudo em comum.

As sobras de produção dos quilombos eram vendidas aos brancos das vilas. O sistema ? percebendo o crescimento do poder econômico do negro e que os brancos do interior estavam perdendo sua valiosa mão-de-obra de produção ? decretam a Lei da Terra (1850/nº 601): "... a partir desta nova lei, as terras só poderiam ser obtidas através de compra. Assim, com a dificuldade de obtenção de terras que seriam vendidas por preço muito alto, o trabalhador livre teria que permanecer nas fazendas, substituindo os escravos".

Assim, o Exército brasileiro passa a ter como tarefa destruir os quilombos, as plantações e levar os negros de volta às fazendas dos brancos. O Exército exerceu esta tarefa até 25 de outubro de 1887, quando um setor solidário ao povo negro cria uma crise interna. O Império não mais admitirá que o Exército seja usado para perseguir os negros que derramaram seu sangue, defendendo o Brasil na guerra do Paraguai.

A Lei de Terras não foi usada contra os imigrantes europeus. Segundo a coleção "Biblioteca do Exército", considerável parcela de imigrantes recebeu de graça grandes pedaços de terras, sementes e dinheiro. Isso prova que a lei de terras tinha um objetivo definido: tirar do negro a possibilidade de crescimento econômico por meio do trabalho em terras próprias e embranquecer o país com a maciça entrada de europeus.
Na verdade, a ideologia do embranquecimento nunca parou de ter fortes adeptos no Brasil durante todos os tempos. Getúlio Vargas foi um partidário desta ideologia. O conteúdo do decreto nº 7.967, artigo 2º, de 18 de setembro de 1945, mostra isso: "atender-se-á, admissão dos imigrantes, a necessidade de preservar e desenvolver, na composição étnica da população, as características mais convenientes da sua ascendência européia, assim como a defesa do trabalhador nacional".

4º Ato

A guerra do Paraguai (1864-1870) foi um dos instrumentos usados pelo poder para reduzir a população negra do Brasil. Foi difundido que todos os negros que fossem lutar na guerra, ao retornarem, receberiam a liberdade e os já livres receberiam terra. Além do mais, quando chegava a convocação para o filho do fazendeiro, ele o escondia e, em seu lugar, enviava de 5 a 10 negros.

Durante a guerra, o Exército brasileiro colocou o nosso povo negro na frente de combate e foi grande o número dos mortos. Para se ter uma idéia, a população negra do Brasil era de 2 milhões 500 mil pessoas (45% do total da população brasileira). Depois da guerra, diminuiu para 1 milhão 500 mil pessoas (15% do total da população brasileira).

Os poucos negros que sobraram, eram os que sabiam manejar as armas do Exército. Duque Caxias escreve para o imperador demonstrando temor sobre o fato: "... à sombra dessa guerra, nada pode livrar-nos de que aquela imensa escravatura do Brasil dê o grito de sua divina e humanamente legítima liberdade, e tenha lugar uma guerra interna como no Haiti, de negros contra brancos, que sempre tem ameaçado o Brasil e desaparece dele a escassíssima e diminuta parte branca que há!".

5º Ato

A Lei do Ventre Livre (1871) até hoje é ensinada nas escolas como uma benfeitoria: "Toda criança que nascesse a partir daquela data nasceria livre". Na prática, esta lei separava as crianças de seus pais, desestruturando a família negra. O governo abriu uma casa para acolher estas crianças. De cada 100 que lá entravam, 80 morriam antes de completar 1 ano de idade.

Foi inventada com o objetivo de tirar a obrigação dos senhores de fazendas de criar nossas crianças negras, pois, já com 12 anos de idade, poderiam sair para os quilombos à procura da liberdade negada nas senzalas. Com a determinação, surgiram os primeiros menores abandonados do Brasil. Em quase todas as igrejas do país, os padres tocaram os sinos aplaudindo a assinatura desta lei.

6º Ato

A Lei do Sexagenário (1885) também é ensinada nas escolas como sendo um prêmio do "coração bom" do senhor para com o escravo que muito trabalhou. "Todo escravo que atingisse os 60 anos de idade ficaria automaticamente livre". Na verdade, essa foi a forma mais eficiente encontrada pelos opressores para jogar na rua os velhos doentes e impossibilitados de continuarem gerando riquezas, surgindo, assim, os primeiros mendigos nas ruas do Brasil.

7º Ato

Com a subida ao poder do Partido Republicano, a industrialização do país passou a ser ponto-chave. A indústria precisava, fundamentalmente, de dois produtos: matéria-prima e mão-de-obra. Encontrar matéria-prima no Brasil não era problema. Quanto à mão-de-obra, o povo negro estava aí, disponível.

A mão-de-obra passou a ser problema quando o governo descobriu que, se o negro ocupasse as vagas nas indústrias, iria surgir uma classe média negra poderosa, colocando em risco o processo de embranquecimento do país. A solução foi decretar, no dia 28 de junho de 1890, a reabertura do país às imigrações européias e definir que negros e asiáticos só poderiam entrar no país com autorização do Congresso. Esta nova remessa de europeus vai ocupar os trabalhos nas nascentes indústrias paulistas. Assim, os europeus pobres são usados, mais uma vez, para marginalizar o povo negro.

A Educafro (Educação e Cidadania de Afrodescendentes e Carentes), assumindo a reflexão destes 7 atos oficiais, está aprofundando com alunos, professores e coordenadores esta realidade e desafiando a população brasileira a encontrar caminhos para o enfrentamento do problema, buscando pistas de soluções eficazes. Essa é apenas uma pequena amostragem dos 503 anos de opressão e massacres ao qual o povo afro-descendente foi submetido em terras brasileiras. E convidamos você, leitor, juntamente com o grupo ou entidade na qual participa, a ajudar na recuperação da consciência histórica e de direitos do povo afro-descendente.

Frei David Santos Ofm
Diretor-executivo da Educafro - Educação e Cidadania de Afrodescendentes e Carentes


domingo, 8 de maio de 2011

Amor sem limites

O amor de mãe é sem dúvida o maior dos amores.

Quando tudo parece acabado na vida de qualquer ser humano, ainda lhe restará o amor de sua mãe.

Para homenagear todas as mães do mundo neste 08/05/2011, vídeo postado a seguir.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

A quem eles pensam que enganam?

Aproveitando a ausência da presidente Dilma e do ex-presidente Lula, os corvos agourentos da oposição, é, aqueles que torcem contra o Brasil, para que dê tudo errado no governo atual e possam retornar ao poder, porque através do voto não irão conseguir mesmo, aproveitaram para mostrar a cara nas comemorações do primeiro de maio no ABC paulista.

O mais incrível é o cinismo do deputado federal Roberto Freire, presidente do PPS, que teve a cara de pau de dizer que o Serra e FHC são mais de esquerda que o Lula e a Dilma.

Vejam vocês mesmos, no vídeo gravado pelo programa CQC da Rede Bandeirantes, postado a seguir.

domingo, 1 de maio de 2011

Bonde do Mengão sem freio passa pela primeira estação

hoje 01/05 no estádio do Engenhão, em um jogo morno e meio sem graça, Flamengo e Vasco empataram em zero a zero e decidiram nos penaltes a TaçaRio que corresponde ao segundo turno do Campeonato Carioca.

O FLA levou vantagem e sagrou-se também campeão carioca pelo fato de já ter conquistado a Taça Guanabara que equivale ao primeiro turno. Vale lembrar que o Mengão se manteve invicto durante todo o campeonato.

E agora, que venham as próximaa estações, começando pela Copa do Brasil.

Parabéns MENGÃO! Parabéns NAÇÃO!



Ô pessoal, não é que eu queira procurar confusão não, mas é que eu descobri uma charge do Maurício Ricardo que tem tudo a ver, desculpa aí...