quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Esse foi o cara

No último dia 15 foi aniversário de nascimento do maior arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer.  Caso estivesse vivo completaria 105 anos de existência.

Niemeyer, além de projetar a arquitetura brasileira mundo afora com obras assinadas por ele em dezenas de países, era também um apaixonado pela arte, pela música e especialmente um ser humano exemplar.

Entre suas principais obras estão: A Sede da ONU nos EUA, Igreja da Pampulha em MG, Sambódromo no RJ, Praça dos 3 Poderes no DF , Museu de Arte Contemporânea de Niterói no RJ, entre centenas de outras, sendo que sua última foi o Museu dos Três Pandeiros na PB.

Para prestar-lhe essa merecida homenagem, publicamos abaixo uma belíssima charge do Maurício Ricardo. 



sábado, 15 de dezembro de 2012

Essa foi de lascar

As vesperas do jogo do Corínthias com o Chelsea pelo campeonato mundial de clubes no Japão, o Instituto Datafolha publica uma pesquisa afirmando que a torcida do time paulista se iguala a torcida do Flamengo.

Até concordo que o Corinthias tenha uma grande torcida na capital e cidades do estado de São Paulo que realmente é o mais populoso do Brasil, mas querer afirmar que os percentuais de torcida sejam iguais em todo o país é pra quem acredita em papai noel ou coelhinho da páscoa.

Esse mesmo data folha afirmou tempos atrás que a torcida do flamengo havia diminuido em cerca de 5% no ano de 2010. Ora, em 2009 o Fla foi campeão brasileiro pela sexta vez e geralmente quando isso acontece a tendência é aumentar o número de torcedores.

Vamos considerar que o datafolha esteja correto em suas afirmações, o corinthias teria que ter aumentado só este ano em 5 milhões de torcedores ou considerando a segunda hipótese teriam morrido ou trocado de time, o que é muito improvável, outros 5 milhões. (veja pesquisa promovida por uma agência de marketing argentina, clicando aqui).

Outro absurdo colocado na pesquisa é o fato do Cruzeiro aparecer com um percentual de torcida maior que a do Atlético Mineiro, onde qualquer leigo sabe que é justamente o contrário.

Senhores pesquisadores do datafolha vão procurar o que fazer!

Abaixo, matéria publicada no MSN Esportes.

Torcida corintiana iguala à do Flamengo como a maior do Brasil, diz Datafolha

  O Corinthians igualou o Flamengo e agora divide com os rubro-negros o posto de clube com a maior torcida do Brasil. É o que garante pesquisa do Datafolha, divulgada na edição deste sábado da "Folha de S. Paulo", que ouviu 2.558 pessoas em 160 municípios do país na última quinta-feira.

Segundo o levantamento, 16% dos questionados afirmaram torcer pelos cariocas, exatamente o mesmo número que declarou amor ao time paulista, que, desde 2009, quando voltou à Série A após disputar a segunda divisão no ano anterior, só cresce na quantidade de apaixonados - em 2010, eram 14%.

A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, e os entrevistados foram pessoas a partir dos 16 anos. O Datafolha pesquisa sobre número de torcedores desde 1993, e esta é a primeira vez que os alvinegros chegam ao patamar de 16%.

Em 2010, ano do último levantamento, já havia ocorrido um empate técnico entre as torcidas de Flamengo e Corinthians: a rubro-negra somava 17%, enquanto a alvinegra era de 14%, com a margem de erro sendo de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

A terceira maior torcida do Brasil, segundo o Datafolha, continua sendo a do São Paulo, com 9%; a do Palmeiras aparece no quarto lugar com 7%, enquanto a do Vasco é a quinta colocada no ranking com 5%.

Veja, abaixo, o ranking das maiores torcidas do país segundo o Datafolha

Flamengo - 16% Corinthians - 16% São Paulo - 9% Palmeiras - 7% Vasco - 5% Grêmio - 4% Cruzeiro - 3% Santos - 3% Internacional - 2% Atlético-MG - 2% Botafogo - 2%Fluminense - 1%Bahia - 1%Vitória - 1% Portuguesa - 1%

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

O crime da guerra

 
 
De acordo com a literatura apocalíptica, as quatro piores pragas da humanidade são: a guerra, a fome, a peste e a morte. Por isto, o maior esforço da civilização sempre foi superar os sofrimentos que acompanham estas pragas. Entre estas pragas, a mais terrível, certamente, é a guerra, pois ela sempre desencadeia, com maior intensidade, as outras três.

Ao final do século XX esperava-se, ansiosamente, que o século XXI fosse um século de paz, uma era de espiritualidade, de solidariedade, de tolerância. Confiava-se que a humanidade tivesse chegado a um nível de civilização em que resolvesse seus conflitos pelo diálogo, pela diplomacia, e não precisasse mais destroçar seus adversários com todo tipo de armas. Mas, o que vemos?

Em apenas uma década deste novo século, violências e guerras explodindo em diversas partes da terra. A humanidade praticando crimes contra a humanidade. Por que a humanidade não consegue resolver seus conflitos, usando o que o homem possui de mais característico: a razão e a palavra?

Esta questão está envolta em um certo mistério. Filósofos, juristas, políticos, teólogos e intelectuais de toda ordem já emitiram suas opiniões. Talvez um dia consigamos construir uma civilização de paz. Neste sentido, é interessante um livro, escrito em l870 pelo filósofo e jurista argentino Juan Bautista Alberdi, sobre “O Crime da Guerra”. Se Alberdi tivesse sido europeu, provavelmente seu livro estaria entre os clássicos do Direito Internacional. Mas como era latino-americano, não teve o impacto merecido.

Alberdi, já no início de seu livro, condena o Direito Romano como culpado pelo que denomina de “direito da guerra”. Para Alberdi não existe “direito de guerra”, mas apenas “crime de guerra”, pois toda guerra autoriza homicídios, saques, incêndios, devastações no maior grau possível. Se não ocorrerem tais fatos, a guerra não é guerra. Tudo isto é crime pelas leis de todas as nações civilizadas do mundo. E a guerra legitima tudo isto, transformando tais ações em atos honestos e legais. Por isto, em realidade, a guerra é o direito ao crime, um contrassenso espantoso e sacrílego, um verdadeiro sarcasmo à civilização.

  Mas isto se explica pela história, pois o direito dos povos, assumido pelo Ocidente, é romano, assim como nossa civilização é romana. E o “direito das gentes” romano se confunde com o direito de conquista, resquício do cesarismo. Por isto, as verdadeiras democracias não se enganam, quando manifestam uma aversão instintiva a este cesarismo. É a antipatia da razão contra o uso da força, como princípio da autoridade.

Todo o livro de Alberdi é contra qualquer classe de guerra. Não admite, como Hugo Grócio, a guerra justa. Para Alberdi, o conceito de guerra justa é um contrassenso selvagem. Seria o mesmo que dizer: crime justo, crime santo, crime legal. Não existe guerra justa, porque não existe guerra com juízo. A guerra é a perda temporária do juízo. É a alienação mental, uma espécie de loucura ou monomania.

Na guerra os homens nada fazem que não seja loucura, nada que não seja mau, feio, indigno do homem bom. O homem em guerra não merece a estima do homem em paz. Guerra civilizada não passa de um barbarismo equivalente a barbárie civilizada. Por isto, os melhores soldados para qualquer guerra seriam os marginais, os bárbaros, pois é impossível admitir que uma guerra possa ter fins civilizados.

Muito lamentável, para Alberdi, é o fato de povos cristãos se envolverem em guerras. Pois, para ele, a guerra é um crime para a moral cristã. O cristão é uma pessoa de paz, ou não é cristão. Pois, desde que Cristo disse: “apresentai a outra face a quem voz bofeteia”, a vitória mudou de natureza. Desde então, a glória não está mais do lado das armas, mas próxima aos mártires. E a paz já não resulta simplesmente dos tratados ou das leis internacionais, mas da disposição pacífica no interior de cada homem.

Alberdi está consciente de que não é simples abolir as guerras, por isto indica caminhos para reduzi-las. E um destes caminhos é retirar o poder de violência das mãos dos beligerantes, e entregá-lo à humanidade.

É interessante este profetismo de Alberdi em 1870, pois ele propõe o que hoje se espera de qualquer declaração de guerra: que apenas possa ser autorizada pela ONU. O que justamente não aconteceu na guerra Estados Unidos/Inglaterra X Iraque. Se isto fosse respeitado, as guerras se purificariam de mil práticas, pois ninguém se aventuraria a voluntariosamente declarar guerra, pois seria considerado criminoso e responsável por qualquer injustiça que acontecesse durante o conflito.

 Para Alberdi, a única forma de diminuir as guerras é levar os “criminosos de guerra” aos tribunais internacionais. Pois, enquanto os principais atores dos crimes de guerra gozarem de impunidade, as guerras se repetirão.

Concordando com Alberdi, esperamos que, depois das atuais guerras, os tribunais internacionais tenham coragem de julgar os responsáveis pelos crimes que se estão cometendo.

Por Inácio Strieder.

Extraído do Jornal da Besta Fubana - www.luizberto.com

sábado, 1 de dezembro de 2012

Ufa, escapamos!

Em um jogo morno e sem muitas emoções o Flamengo encerrou sua participação no Campeonato Brasileiro de 2012, empatando com o Botafogo no estádio do Engenhão pelo placar de 2 x 2.

O ano de 2012 pode ser considerado um ano perdido para um clube de tradição e de maior torcida do Brasil como é o Mengo.

Durante o ano nada deu certo para o FLA, começando pela desclassificação da Libertadores e do Campeonato Carioca e as fracas atuações durante o Brasileirão, sem contar com as crises administrativas, dispensa de jogadores e mudança de técnico. 

Mas a verdade é que saímos no lucro  ficando em 11º lugar entre os 20 participantes e termos escapado do rebaixamento para a segunda divisão.

Vamos torcer para que em 2013 tudo seja diferente e o Flamengo volte a dar muitas alegrias a sua grande e apaixonada torcida.

A seguir os gols do jogo.