quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Boas Festas!

Como é de praxe, depois de comentários sobre assuntos vários durante o ano de 2011, uns interessantes outros nem tanto, venho desejar aos meus leitores e seguidores boas festas e muitas realizações positivas para o ano vindouro.

Aproveitando uma citação muito comum entre o povo Celta, que em 2012:


"Seus bolsos estejam pesados e seus corações iluminados”



Natal



segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

A mágica de como estar em dois lugares ao mesmo tempo

Os senadores conseguiram a proeza da clonagem, ou sei lá, do tele-transporte. É isso mesmo, os parlamentares agora podem ficar em seus estados de origem e ao mesmo tempo no plenário do Senado Federal.

Só mesmo no Brasil um absurdo desses. Com o protesto de alguns gatos pingados que compareceram em carne e osso à sessão.

Veja no vídeo abaixo a mágica de se estar em dois lugares ao mesmo tempo.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Sadismo, insegurança ou comodismo?

Uma coisa que não consigo entender é que, quando a mídia coloca alguma matéria em suas páginas online sobre a questão educacional familiar mais rigorosa, as pessoas que interagem com suas opiniões, são na maioria a favor dos castigos físicos em detrimento do diálogo para educação de suas crianças, mesmo indo contra a opinião de psicólogos, educadores e estudiosos do assunto.

Posso estar aqui escrevendo bobagens, não sei se é porque nunca fui espancado pelos meus pais, contudo compartilho com o dito popular que diz: “Se apanhar desse resultado, não existiria ladrão de galinha na cadeia”.

Ao contrário, porém, o que presenciamos diariamente nos noticiários é o demasiado aumento da violência juvenil nos últimos anos, no digamos “mundo civilizado”.


Além do mais, quem é que tem o conhecimento, o limite ou a receita ideal para a dimensão que deve ter um castigo físico?

Será que com essa atitude de tentar educar os filhos através do castigo não seria uma forma de se livrar da responsabilidade, isto é, castigando estou fazendo a minha parte?

Abaixo, matéria publicada no Estadão em 15/12/2011.

Câmara aprova Lei da Palmada com multa a quem não denunciar maus-tratos

Por EUGÊNIA LOPES / BRASÍLIA, estadao.com.br

A Câmara aprovou ontem projeto que proíbe os pais de aplicar castigos físicos nas crianças. Conhecida como Lei da Palmada, a proposta foi aprovada por unanimidade, em comissão especial, depois que o governo cedeu à pressão da bancada evangélica e alterou a expressão 'castigo corporal' por 'castigo físico'.
O projeto, que segue diretamente para o Senado, altera o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e prevê multa de 3 (R$ 1.635,00) a 20 salários (R$ 10.900,00) para médicos, professores e agentes públicos que não denunciarem castigos físicos, maus-tratos e tratamento cruel. A relatora Teresa Surita (PMDB-RR) ainda retirou do texto a palavra 'dor' e a substituiu por 'sofrimento', ao definir castigo físico. 'Não há interferência na família. Não há punição dos pais. Mas não podemos esquecer que a violência mais grave começa com uma palmada', resumiu a relatora.
Enviado há um ano e cinco meses pelo Planalto, o projeto aprovado ontem teve o aval do Executivo. 'Se você pensar que no futebol você não vê uma palmada, que os animais não são mais adestrados com violência, por que não pensar em uma educação para poder proteger uma criança sem fazer violência física?', argumentou a secretária de Direito da Criança e do Adolescente, Carmem Oliveira, que acompanhou a votação.
Punição. Pelo texto, os pais ou responsáveis pela criança ou adolescente que aplicarem castigo físico podem ser encaminhados a programas de acompanhamento psicológico, cursos de orientação e até receber advertência de juízes de varas de infância. 'Serão feitas campanhas esclarecendo como educar sem o uso da violência. O que vai existir é a informação de que bater não educa', disse Teresa Surita.
O projeto altera o artigo 18 do Estatuto da Criança e do Adolescente ao prever que 'a criança e o adolescente têm o direito de serem educados e cuidados sem o uso de castigo corporal ou de tratamento cruel ou degradante, como formas de correção, disciplina, educação ou qualquer outro pretexto, pelos pais, pelos integrantes da família ampliada, pelos responsáveis, pelos agentes públicos executores de medidas socioeducativas ou por qualquer pessoa encarregada de cuidar, tratar, educar ou proteger'.
A proposta estabelece que 'castigo físico é ação de natureza disciplinar ou punitiva com o uso da força física que resulte em sofrimento e/ou lesão à criança ou adolescente'. Já tratamento cruel ou degradante é definido como 'conduta ou forma cruel de tratamento que humilhe, ameace gravemente ou ridicularize a criança ou adolescente'. 'Na educação de crianças e adolescentes, nem suaves palmadinhas nem beliscões nem xingamentos nem qualquer forma de agressão, tenha ela a natureza e a intensidade que tiver, pode ser admitida', concluiu a relatora.

Dinheiro sujo

Virou moda no Brasil. Vereador amazonense Joaquim Teixeira Barbosa se abastecendo de dinheiro, inclusive na cueca. Pois é, se o dinheiro já era sujo, ficou mais emporcalhado ainda. Uma vergonha!

Segundo reportagem da Folha de São Paulo, o dinheiro refere-se a venda de seu mandato, eleito em 2010, em favor do suplente.

Assista ao vídeo.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Plebiscito do dia 11

No próximo dia 15/12, finalmente será realizado o plebiscito para a divisão do estado do Pará, apesar da mídia nacional, principalmente da região sudeste fazerem campanha contra, alegando entre outros motivos:

a) O dinheiro para criação dos novos estados será custeado através dos impostos pagos pela região mais rica do país, no caso São Paulo;

b) Que a votação deveria ser efetivada entre todos os brasileiros;

c) Citarem Rondônia, Amapá e Roraima, como exemplos mal sucedidos de emancipação;

d) Que os novos estados a serem criados têm orçamento insuficiente;

e) Serão criados mais cargos políticos e com isso mais cabide de empregos e corrupção;

Em Primeiro lugar, somos todos brasileiros e nada mais justo que as riquezas sejam distribuídas igualitariamente. (lembrando o caso do pré-sal que trataremos em outra oportunidade).
Segundo, como é que se pode deliberar o poder de decisão para todo o Brasil, se a maioria dos brasileiros nem sequer conhece ou jamais viajou para a região amazônica? Quem deve opinar realmente é quem viveu ou vive nessa região e sabe das suas reais necessidades.
Tome-se como exemplo os estados de Tocantins e Mato Grosso do Sul. O que aconteceu com Rondônia foi uma imposição da ditadura militar com o seu projeto "Pólo Noroeste" que pregava o desenvolvimento a qualquer preço e destruiu quase toda a vegetação nativa. Não serve como parâmetro.
É lógico que para a divisão dos novos estados, a federação terá que fazer investimento para que no futuro próximo as novas unidades possam caminhar com suas próprias pernas.
Por fim, é necessária a criação de nova estrutura administrativa, não só para as necessidades próprias de gestão, mas também a criação de novos cargos políticos para que usufrua de seu direito de representatividade junto ao congresso nacional.
O resto mais é balela.

Abaixo, matéria publicada no JBF em 18/11/20
11.

A DIVISÃO DO PARÁ

Por Hardy Guedes

No dia 11 de dezembro, haverá um plebiscito no estado do Pará, para que a população decida pela divisão, ou não, do estado em três.
Embora eu não seja paraense, não more por lá e jamais tenha visitado aquela terra (apesar de pretender fazê-lo um dia), sou totalmente favorável à divisão.
Não somente do Pará, mas, também, de outros estados de dimensões tais que não permitem que se leve ao interior mais progresso e desenvolvimento.
O Brasil é um país de capitais concentrados em torno das capitais, o que prejudica, e muito, o desenvolvimento uniforme.
E o interesse dos governantes por um maior cacife político tende a fomentar na população uma ideia de grandeza prejudicial a todos. Menos aos governantes, é claro, que colocam a maioria dos eleitores numa área limitada e, assim, trabalham em favor dos habitantes de uma área menor e obtêm mais votos e, consequentemente, mais poder.
Creio ser preferível estados menores com um IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) maior, do que o contrário.
De que adianta ter espaço mal dividido, cheio de latifúndios?
De que adianta ter espaço, se as indústrias, universidades, hospitais e investimentos, de um modo geral, estão concentrados em torno das capitais?
Imagino que no Pará, no Amazonas e em outros estados “gigantes” pregue-se veladamente a ideia de que são maiores que outros estados da federação, que têm mais riquezas no subsolo e coisas do tipo.
Só que a população, de um modo geral, não vê o cheiro dessa riqueza. Ela vai para o bolso dos governantes e das empresas para as quais são dadas as concessões de exploração.
A divisão, pelo menos, costuma atrair novos investimentos, gerar mais empregos e deixar os governantes mais à vista do povo.
É claro que muita gente dirá que serão mais 3 senadores por estados, mais secretários disso e daquilo, mais deputados estaduais com seus assessores … Sei disso. Mesmo assim, ainda acho muito bom que se divida os estados gigantescos, porque o tamanho que têm torna mais difícil a sua administração.
Se usarmos os Estados Unidos da América como parâmetro, veremos o seguinte:
1) Tamanho dos EUA – 9,37 milhões de km2. Número de estados: 50. Média = 187.400 km2 por estado;
2) Brasil – 8,5 milhões de km2. Número de estados: 27. Média = 314.814 km2 por estado. Ou seja, a média de cada estado brasileiro é cerca de 70% maior do que a média dos estados americanos;
3) O Pará, atualmente, está com 1,25 milhões de km2. Quase dez vezes mais.
4) Com a divisão proposta, o estado de Tapajós ficaria com 732.509,5 Km² (grande demais ainda); o do Pará, propriamente dito, com 218.776,4 Km² e o de Carajás com uma área de 296.664,1 Km².
Desconfio que a administração dos estados americanos seja mais eficaz que a dos nossos, por conta da maioria deles serem bastante menores do que os nossos.
Penso que precisamos parar de ufanismos e regionalismos tolos e redividirmos o Brasil integralmente.
Podemos começar pelos estados maiores, redividindo-os e ocupando espaços vazios e pouco povoados, que acabam por gerar a cobiça estrangeira. E, mais tarde, redividindo aqui e ali, unindo lá e cá…, de modo que resulte em melhoria de qualidade de vida que, pelos índices divulgados esta semana, não anda nada boa.
Chegamos ao cúmulo de haver queda no índice de saneamento de algumas regiões, analfabetismo exagerado em outras…
É preciso que a população compreenda que tamanho não é documento.
Não adianta ter um território imenso se ele, de fato, não pertencer ao povo, se não oferecer condições reais de vida saudável, confortável, com acesso à educação, à saúde e ao saneamento básico.
O verdadeiro índice do qual todos deveriam se ufanar é o IDH, índice de desenvolvimento humano, do qual, no momento, não podemos ter orgulho nenhum.
Se eu deixar de ser fluminense, por exemplo, e passar a ser capixaba, mineiro, paulista, atlântico, guanabarino ou coisa que o valha, pessoalmente não me fará a mínima diferença. Continuarei sendo brasileiro como todos os demais.
Mas se a qualidade de vida da minha família e das pessoas à minha volta e em todas as regiões do Brasil melhorar… Isso, sim, fará uma grande diferença.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Diferença entre cidadão e político

Mais um e-mail recebido que vale a pena divulgar:

O BARBEIRO

O florista foi ao barbeiro para cortar seu cabelo.
Após o corte perguntou ao barbeiro o valor do serviço e o barbeiro respondeu:
- Não posso aceitar seu dinheiro porque estou prestando serviço comunitário essa semana.
O florista ficou feliz e foi embora.
No dia seguinte, ao abrir a barbearia, havia um buquê com uma dúzia de rosas na porta e uma nota de agradecimento do florista.
Mais tarde no mesmo dia veio um padeiro para cortar o cabelo. Após o corte, ao tentar pagar, o barbeiro disse:
- Não posso aceitar seu dinheiro porque estou prestando serviço comunitário essa semana.
O padeiro ficou feliz e foi embora.
No dia seguinte, ao abrir a barbearia, havia um cesto com pães e doces na porta e uma nota de agradecimento do padeiro.
No terceiro dia veio um deputado para um corte de cabelo.
Novamente, ao pedir para pagar, o barbeiro disse:
- Não posso aceitar seu dinheiro porque estou prestando serviço comunitário essa semana.
O deputado ficou feliz e foi embora.
No dia seguinte, quando o barbeiro veio abrir sua barbearia, havia uma dúzia de deputados fazendo fila para cortar o cabelo.

Essa é a diferença entre os cidadãos e os políticos.

MORAL DA HISTÓRIA:

"Os políticos e as fraldas devem ser trocados frequentemente e pela mesma razão."
(Eça de Queiróz)

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Sonho ou realidade?

Coletânea de manchetes que foram publicadas no último dia 29/11, nas principais mídias do país.

Revista americana elogia Dilma, a'ungida', e o País.
estadao.com.br - 29/11/2011 3:06

País tem mais de dez pólos da indústria ferroviária
Dubes Sônego, iG São Paulo | 29/11/2011 05:00

Brasil ganha 19 milionários por dia desde 2007, diz 'Forbes'.
FOLHA ONLINE - 29/11/2011-11h19

FMI vem ao Brasil pedir dinheiro para países europeus em dificuldades
Guilherme Barros – IG – 2911/2011 11:11

Agora, conclamo a todos os freqüentadores desse humilde espaço a imaginarem como seria o nosso Brasil com todo esse astral, sem os vários tipos de corrupção que assola o país tais como, desvios de verbas públicas, descaso com a segurança, saúde e educação, tendo transporte e moradia digna para todos, a classe política sendo eleita para realmente trabalhar em prol dos interesses da população. Isso sem contar com a vasta extensão territorial que temos e as imensas áreas de terras agricultáveis, e mais ainda todos os tipos e alternativas de energia possíveis. A Suécia e a Noruega perderiam de goleada. Porém, enquanto tudo isso não se realiza, não custa nada sonhar um pouco.

Abaixo, artigo publicado no JBF em 29/11/2011.

BRASIL NUMA BOA

Por Marcelo Alcoforado

Decerto robustecido pela convicção de que a crise europeia não atravessará o Atlântico — agora como correta referência geográfica —, transborda nos meios de comunicação o otimismo das marcas quanto às vendas do próximo Natal. Para se fazer ideia da exaltação, o varejo, elo preferencial entre a indústria e o consumidor, estima um crescimento de 30%.
Na esfera governamental não é diferente. A presidente Dilma Rousseff afirma, com fundamento, conquanto em uma declaração literalmente singular, que o Brasil está diante de várias oportunidade, e prossegue enfática: Nós não vamos permitir no Brasil que se exporte empregos para fora (Crise pode favorecer o Brasil | DP 261111).
Há, de fato, um conjunto de boas notícias deixando o Brasil exultante.
Para a ONU, até 2020 os preços dos alimentos serão, em média, maiores. Grãos, aproximadamente mais 20%; carnes, mais 30%. Há quem estime alta de até 55%, isso sem falar no preço da cana-de-açúcar, que até o fim da década deverá estar 20% mais alto. Só este ano, as exportações brasileiras de alimentos terão crescido 20% nos preços e no aumento da safra, e nosso frango seguirá cocoricando mundo afora para comemorar os dólares que entram.
Minérios? — haja ferro brasileiro para suprir a demanda! Aliás, para José Carlos Martins, diretor de vendas da Vale, apud Veja 220611, experimentaremos um ciclo longo, semelhante ao da Revolução Industrial.
Como se vê, o setor primário brasileiro evolui ano após ano, respondendo apropriadamente à demanda, que tem crescido em todo o planeta, especialmente na Ásia. Apesar das crises da Europa e dos Estados Unidos. Crise deles, com muito mar a nos separar.