quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Esse foi o cara

No último dia 15 foi aniversário de nascimento do maior arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer.  Caso estivesse vivo completaria 105 anos de existência.

Niemeyer, além de projetar a arquitetura brasileira mundo afora com obras assinadas por ele em dezenas de países, era também um apaixonado pela arte, pela música e especialmente um ser humano exemplar.

Entre suas principais obras estão: A Sede da ONU nos EUA, Igreja da Pampulha em MG, Sambódromo no RJ, Praça dos 3 Poderes no DF , Museu de Arte Contemporânea de Niterói no RJ, entre centenas de outras, sendo que sua última foi o Museu dos Três Pandeiros na PB.

Para prestar-lhe essa merecida homenagem, publicamos abaixo uma belíssima charge do Maurício Ricardo. 



sábado, 15 de dezembro de 2012

Essa foi de lascar

As vesperas do jogo do Corínthias com o Chelsea pelo campeonato mundial de clubes no Japão, o Instituto Datafolha publica uma pesquisa afirmando que a torcida do time paulista se iguala a torcida do Flamengo.

Até concordo que o Corinthias tenha uma grande torcida na capital e cidades do estado de São Paulo que realmente é o mais populoso do Brasil, mas querer afirmar que os percentuais de torcida sejam iguais em todo o país é pra quem acredita em papai noel ou coelhinho da páscoa.

Esse mesmo data folha afirmou tempos atrás que a torcida do flamengo havia diminuido em cerca de 5% no ano de 2010. Ora, em 2009 o Fla foi campeão brasileiro pela sexta vez e geralmente quando isso acontece a tendência é aumentar o número de torcedores.

Vamos considerar que o datafolha esteja correto em suas afirmações, o corinthias teria que ter aumentado só este ano em 5 milhões de torcedores ou considerando a segunda hipótese teriam morrido ou trocado de time, o que é muito improvável, outros 5 milhões. (veja pesquisa promovida por uma agência de marketing argentina, clicando aqui).

Outro absurdo colocado na pesquisa é o fato do Cruzeiro aparecer com um percentual de torcida maior que a do Atlético Mineiro, onde qualquer leigo sabe que é justamente o contrário.

Senhores pesquisadores do datafolha vão procurar o que fazer!

Abaixo, matéria publicada no MSN Esportes.

Torcida corintiana iguala à do Flamengo como a maior do Brasil, diz Datafolha

  O Corinthians igualou o Flamengo e agora divide com os rubro-negros o posto de clube com a maior torcida do Brasil. É o que garante pesquisa do Datafolha, divulgada na edição deste sábado da "Folha de S. Paulo", que ouviu 2.558 pessoas em 160 municípios do país na última quinta-feira.

Segundo o levantamento, 16% dos questionados afirmaram torcer pelos cariocas, exatamente o mesmo número que declarou amor ao time paulista, que, desde 2009, quando voltou à Série A após disputar a segunda divisão no ano anterior, só cresce na quantidade de apaixonados - em 2010, eram 14%.

A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, e os entrevistados foram pessoas a partir dos 16 anos. O Datafolha pesquisa sobre número de torcedores desde 1993, e esta é a primeira vez que os alvinegros chegam ao patamar de 16%.

Em 2010, ano do último levantamento, já havia ocorrido um empate técnico entre as torcidas de Flamengo e Corinthians: a rubro-negra somava 17%, enquanto a alvinegra era de 14%, com a margem de erro sendo de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

A terceira maior torcida do Brasil, segundo o Datafolha, continua sendo a do São Paulo, com 9%; a do Palmeiras aparece no quarto lugar com 7%, enquanto a do Vasco é a quinta colocada no ranking com 5%.

Veja, abaixo, o ranking das maiores torcidas do país segundo o Datafolha

Flamengo - 16% Corinthians - 16% São Paulo - 9% Palmeiras - 7% Vasco - 5% Grêmio - 4% Cruzeiro - 3% Santos - 3% Internacional - 2% Atlético-MG - 2% Botafogo - 2%Fluminense - 1%Bahia - 1%Vitória - 1% Portuguesa - 1%

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

O crime da guerra

 
 
De acordo com a literatura apocalíptica, as quatro piores pragas da humanidade são: a guerra, a fome, a peste e a morte. Por isto, o maior esforço da civilização sempre foi superar os sofrimentos que acompanham estas pragas. Entre estas pragas, a mais terrível, certamente, é a guerra, pois ela sempre desencadeia, com maior intensidade, as outras três.

Ao final do século XX esperava-se, ansiosamente, que o século XXI fosse um século de paz, uma era de espiritualidade, de solidariedade, de tolerância. Confiava-se que a humanidade tivesse chegado a um nível de civilização em que resolvesse seus conflitos pelo diálogo, pela diplomacia, e não precisasse mais destroçar seus adversários com todo tipo de armas. Mas, o que vemos?

Em apenas uma década deste novo século, violências e guerras explodindo em diversas partes da terra. A humanidade praticando crimes contra a humanidade. Por que a humanidade não consegue resolver seus conflitos, usando o que o homem possui de mais característico: a razão e a palavra?

Esta questão está envolta em um certo mistério. Filósofos, juristas, políticos, teólogos e intelectuais de toda ordem já emitiram suas opiniões. Talvez um dia consigamos construir uma civilização de paz. Neste sentido, é interessante um livro, escrito em l870 pelo filósofo e jurista argentino Juan Bautista Alberdi, sobre “O Crime da Guerra”. Se Alberdi tivesse sido europeu, provavelmente seu livro estaria entre os clássicos do Direito Internacional. Mas como era latino-americano, não teve o impacto merecido.

Alberdi, já no início de seu livro, condena o Direito Romano como culpado pelo que denomina de “direito da guerra”. Para Alberdi não existe “direito de guerra”, mas apenas “crime de guerra”, pois toda guerra autoriza homicídios, saques, incêndios, devastações no maior grau possível. Se não ocorrerem tais fatos, a guerra não é guerra. Tudo isto é crime pelas leis de todas as nações civilizadas do mundo. E a guerra legitima tudo isto, transformando tais ações em atos honestos e legais. Por isto, em realidade, a guerra é o direito ao crime, um contrassenso espantoso e sacrílego, um verdadeiro sarcasmo à civilização.

  Mas isto se explica pela história, pois o direito dos povos, assumido pelo Ocidente, é romano, assim como nossa civilização é romana. E o “direito das gentes” romano se confunde com o direito de conquista, resquício do cesarismo. Por isto, as verdadeiras democracias não se enganam, quando manifestam uma aversão instintiva a este cesarismo. É a antipatia da razão contra o uso da força, como princípio da autoridade.

Todo o livro de Alberdi é contra qualquer classe de guerra. Não admite, como Hugo Grócio, a guerra justa. Para Alberdi, o conceito de guerra justa é um contrassenso selvagem. Seria o mesmo que dizer: crime justo, crime santo, crime legal. Não existe guerra justa, porque não existe guerra com juízo. A guerra é a perda temporária do juízo. É a alienação mental, uma espécie de loucura ou monomania.

Na guerra os homens nada fazem que não seja loucura, nada que não seja mau, feio, indigno do homem bom. O homem em guerra não merece a estima do homem em paz. Guerra civilizada não passa de um barbarismo equivalente a barbárie civilizada. Por isto, os melhores soldados para qualquer guerra seriam os marginais, os bárbaros, pois é impossível admitir que uma guerra possa ter fins civilizados.

Muito lamentável, para Alberdi, é o fato de povos cristãos se envolverem em guerras. Pois, para ele, a guerra é um crime para a moral cristã. O cristão é uma pessoa de paz, ou não é cristão. Pois, desde que Cristo disse: “apresentai a outra face a quem voz bofeteia”, a vitória mudou de natureza. Desde então, a glória não está mais do lado das armas, mas próxima aos mártires. E a paz já não resulta simplesmente dos tratados ou das leis internacionais, mas da disposição pacífica no interior de cada homem.

Alberdi está consciente de que não é simples abolir as guerras, por isto indica caminhos para reduzi-las. E um destes caminhos é retirar o poder de violência das mãos dos beligerantes, e entregá-lo à humanidade.

É interessante este profetismo de Alberdi em 1870, pois ele propõe o que hoje se espera de qualquer declaração de guerra: que apenas possa ser autorizada pela ONU. O que justamente não aconteceu na guerra Estados Unidos/Inglaterra X Iraque. Se isto fosse respeitado, as guerras se purificariam de mil práticas, pois ninguém se aventuraria a voluntariosamente declarar guerra, pois seria considerado criminoso e responsável por qualquer injustiça que acontecesse durante o conflito.

 Para Alberdi, a única forma de diminuir as guerras é levar os “criminosos de guerra” aos tribunais internacionais. Pois, enquanto os principais atores dos crimes de guerra gozarem de impunidade, as guerras se repetirão.

Concordando com Alberdi, esperamos que, depois das atuais guerras, os tribunais internacionais tenham coragem de julgar os responsáveis pelos crimes que se estão cometendo.

Por Inácio Strieder.

Extraído do Jornal da Besta Fubana - www.luizberto.com

sábado, 1 de dezembro de 2012

Ufa, escapamos!

Em um jogo morno e sem muitas emoções o Flamengo encerrou sua participação no Campeonato Brasileiro de 2012, empatando com o Botafogo no estádio do Engenhão pelo placar de 2 x 2.

O ano de 2012 pode ser considerado um ano perdido para um clube de tradição e de maior torcida do Brasil como é o Mengo.

Durante o ano nada deu certo para o FLA, começando pela desclassificação da Libertadores e do Campeonato Carioca e as fracas atuações durante o Brasileirão, sem contar com as crises administrativas, dispensa de jogadores e mudança de técnico. 

Mas a verdade é que saímos no lucro  ficando em 11º lugar entre os 20 participantes e termos escapado do rebaixamento para a segunda divisão.

Vamos torcer para que em 2013 tudo seja diferente e o Flamengo volte a dar muitas alegrias a sua grande e apaixonada torcida.

A seguir os gols do jogo.


terça-feira, 27 de novembro de 2012

Premiando bandido

Ao contrário da postagem anterior, eis aí mais um caso que envergonha a justiça brasileira.

Em postagem do dia 04 de agosto de 2010, veja clicando aqui, comentamos sobre a aposentadoria compulsória dada a um magistrado calhorda, o juiz Paulo Medina, aquele que vendia sentença e que foi premiado a receber seu salário integral até que passe dessa para uma melhor.

Pois bem, a desembargadora do Tribunal de Justiça do Estado do Tocantins, depois de todas as estripulias possíveis para burlar as normas jurídicas que deveria seguir, foi também premiada pelo CNJ - Conselho Nacional de Justiça, com sua aposentadoria compulsória e vitalícia. Como a justiça no Brasil anda a passos de tartaruga, e com a quantidade de recursos de que se dispóe, não se sabe quando será o julgamento da magistrada e nem quando sairá a sentença definitiva. 

Entenda o caso, lendo a matéria completa publicada no Portal Cleber Toledo, transcrita abaixo.

CNJ decide aposentar compulsoriamente a ex-presidente do TJTO, Willamara Leila

Da Redação

O processo que apura a conduta da desembargadora e ex-presidente do Tribunal de Justiça do Tocantins (TJ-TO), Willamara Leila, foi julgado na manhã desta terça-feira, 27, pelo Conselho Nacional de Justiça.

Por unanimidade, o plenário do CNJ decidiu, aposentar compulsoriamente a desembargadora. De acordo com a assessoria de comunicação do CNJ, a decisão foi tomada na análise do Processo Administrativo Disciplinar, relatado pelo conselheiro José Roberto Neves Amorim, que atestou conduta incompatível de Willamara com o exercício de suas funções.

Ainda conforme a assessoria do CNJ, o processo, proposto atestou que a desembargadora, quando era presidente do TJTO, cometeu os seguintes desvios de conduta: processamento irregular de precatórios; incompatibilidade entre seus rendimentos e a movimentação financeira; designação de magistrado em ofensa ao princípio do juiz natural; coação hierárquica; promoção pessoal por meio de propaganda irregular; irregularidades na gestão administrativa e apropriação de arma recolhida pela Corregedoria-Geral de Justiça do Tocantins.

Willamara Leila, juntamente com os desembargadores Carlos Souza e Liberato Póvoa, foi afastada por 180 dias, em 17 de dezembro, por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), após indícios de suposta comercialização de sentenças judiciais, que vieram a público com a operação Maet, realizada pela Polícia Federal, em dezembro de 2010.

Supostas irregularidades no pagamento de precatórios também estão no centro da Operação Maet, da Polícia Federal, que resultou no afastamento de três desembargadores no final de 2010 - a então presidente, Willamara Leila, Liberato Póvoa e Carlos Souza.

O esquema envolvendo precatórios, segundo a apuração, teria quebrado ilegalmente a ordem de quitação das dívidas judiciais e teria cobrado de beneficiários um pedágio que alcançava quase 50% do valor da dívida para ser rateado entre servidores, advogados e dois desembargadores.

De acordo com o jornal O Estado de S.Paulo, a denúncia de 152 páginas do Ministério Público Federal, encaminhada ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), narra nove casos de desvios com precatórios. Diante das fortes suspeitas, a Corregedoria Nacional de Justiça, segundo O Estadão, realizou uma espécie de "intervenção branca" no setor de precatórios do TJTO.

"Aos clientes, pressionados pelos advogados e pela demora no recebimento dos valores, restavam duas opções: entravam em acordo com o grupo e recebiam uma parte a que teriam direito, ou não concordavam e viam seus precatórios serem preteridos, enquanto aguardavam, impotentes", afirmou a subprocuradora-geral da República, Lindôra Araújo, na denúncia.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Dever cumprido

Nada pode ser mais significativo para um ser humano do que o reconhecimento pela família e pela sociedade, no fim de sua carreira profissional, como uma pessoa honrada e cumpridora de seus deveres.

Esse é o perfil do ministro Carlos Ayres Britto do STF – Supremo Tribunal Federal, que se aposentou compulsoriamente no último dia 18/11, ao completar 70 anos.

O jurista Ayres Britto sempre se pautou pela sabedoria e honradez tanto como ministro quanto como presidente do STF e do CNJ – Conselho Nacional de Justiça.

O ministro Ayres Britto é um exemplo a ser seguido, merecedor das mais sinceras homenagens e com certeza fará falta a justiça brasileira.

Abaixo, vídeo com entrevista do ministro Britto a Globo News e matéria publicada no site Consultor Jurídico, www.conjur.com.br



Em última sessão, ministro Ayres Britto é homenageado

O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Ayres Britto, foi homenageado nesta quarta-feira (14/11) ao participar de sua última sessão no Plenário da Corte. Ele se aposentará compulsoriamente no próximo dia 18, quando completará 70 anos.

O decano da corte, ministro Celso de Mello, destacou que esse é mais um rito de passagem da história do Supremo, marcado pela despedida de "um dos seus vultos mais ilustres". Ao lamentar a aposentadoria compulsória, o ministro Celso de Mello afirmou que se não fosse por essa "regra implacável", o país e o STF poderiam continuar a se beneficiar da valiosa doação do ministro Ayres Britto, "cujos julgamentos luminosos tiveram impacto decisivo na vida dos cidadãos desta República e das instituições democráticas do país".

Celso de Mello ressaltou ainda que, após a aposentadoria, Ayres Britto continuará com participação ativa em suas atividades no mundo do Direito, seja exercendo a atividade advocatícia, seja produzindo obras científicas. Por fim, em nome de todos os colegas da Suprema Corte, fez "votos afetuosos de muita felicidade nesta nova e vibrante etapa que se abre em sua vida fecunda".

O ministro Ayres Britto agradeceu a homenagem e, ao lembrar de sua chegada ao STF, há quase 10 anos, afirmou que o tempo passou muito rápido, mas que não tem nenhuma queixa disso porque "o tempo só passa rápido, veloz e célere para quem é feliz. Para quem não é feliz, o tempo se arrasta, é penoso, moroso, um fardo". Ayres Britto afirmou que é feliz porque pertencer ao Supremo "é como arrumar as malas para o infinito", pois essa é uma "viagem de alma, e não viagem de ego". Segundo ele, o Supremo está mudando a cultura do país ao aplicar a Constituição Federal, que quer essa mudança cultural para melhor.

"Somos os guardiões da Constituição e retiramos dessa guarda a nossa própria legitimidade. Aplicar essa Constituição cidadã é a plenitude de nossa profissão. É uma razão de viver. Eu gosto do que faço e ponho alegria no que faço. Procuro viver em estado amoroso e transmitir esse estado amoroso para as coisas que faço", afirmou ao agradecer a homenagem nessa "tarde mágica e definitiva".

PGR, AGU e OAB ainda se manifestaram no Plenário os representantes do Ministério Público Federal, Roberto Gurgel, da Advocacia-Geral da União, Luis Inácio Adams, e da Ordem dos Advogados do Brasil, Ophir Cavalcante.

Roberto Gurgel elogiou a atuação do ministro Ayres Britto, e afirmou que ele é um ser absolutamente republicano e que se alguém tiver dúvida do que significa a República, do que é ser republicano, basta olhar para sua excelência e respectiva trajetória de vida, "que concretiza de maneira perfeita esse conceito".

Já Luís Inácio Adams afirmou que o ministro Ayres Britto é um exemplo de lealdade e que esse rito de passagem é o fim de uma experiência, mas o começo de muitas outras.

Ophir Cavalcante, em nome dos 750 mil advogados de todo o país, af
irmou que o ministro Ayres Britto deixa a marca de um ser humano dentro de uma instituição, pois sempre "sobrepôs o humano sobre o jurista, sobre o poeta e sobre o ser". Ressaltou ainda qualidades de Ayres Britto como o diálogo, a sensibilidade e o respeito ao próximo e, principalmente, de saber ouvir. "Poucas pessoas tem esse dom de saber ouvir e, a partir de ouvir, às vezes sem nem falar, conseguir mudar pensamentos. Esse, a meu ver, é Ayres Britto", concluiu.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Por que as pessoas viajam?



As pessoas viajam pelas mais variadas razões. Abaixo você poderá encontrar 7 bons motivos para que as pessoas levantem de suas poltronas, comprem suas passagens e saiam pelo mundo em busca de aventura, diversão e conhecimento.

 1. Para conhecer outras pessoas pessoalmente: já pensou em visitar aquele
amigo ou amiga que mora do outro lado do mundo?

 2. Para ver e sentir as coisas ao vivo: imagine estar pessoalmente diante do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, ou diante da Pirâmide de Quéops, no Egito.

 3. Para comer coisas que não são encontradas nas redondezas: o mundo é recheado de delícias culinárias e de alimentos que você nunca imaginou que existissem.

 4. Para experimentar a cultura e a arte local: você sempre ouviu falar do afresco de Michelangelo no teto da Capela Sistina, no Vaticano, ou da Mona Lisa de Leonardo da Vinci no Museu do Louvre, certo? Então por que não vai conhecê-los de perto?

 5. Para compartilhar conhecimento: que tal aprender a tocar gaita-de-foles na Escócia? Ou ensinar os finlandeses a sambar?

 6. Para escapar do sedentarismo: experimente a vida além da tela da televisão ou do computador.

 7. Para dar mais valor à vida: esteja você percorrendo o Caminho de Santiago, na Europa, ou visitando a África e suas savanas, ou até mesmo escalando o pico do Monte Everest, no Nepal, saiba que fazer uma viagem lhe dará uma perspectiva diferente sobre a própria vida. Valorize-a.

Não se esqueça: só se vive uma vez. Viajar é uma das formas mais interessantes, divertidas e inteligentes de se curtir a vida. Viaje e permita-se ser feliz!

Transcrito do site Tigre de Fogo www.tigredefogo.com

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

A doença do imperador


Só quem tem um caso na família para entender o que se passa no momento com o jogador Adriano.

Ao contrário do que muitos afirmam ou acreditam, o alcoolismo é sim uma doença que provoca dependência como qualquer outra droga.

O fato do álcool não estar incluído entre as chamadas drogas leves ou pesadas, faz com que a sociedade ignore seu verdadeiro perigo para a saúde das pessoas.

Vejam o que Dr. Dráuzio Varella escreveu sobre o alcoolismo, clicando aqui.

Não é pelo fato de ser torcedor do Flamengo, clube que revelou o atleta, porém particularmente torço para que o mesmo se recupere e volte a nos proporcionar alegria nos gramados com os belos gols que só ele sabe fazer.

Portanto, antes de crucificarem o atleta e ser humano Adriano, reflitam.

Vejam também, resumo dos últimos acontecimentos sobre o jogador clicando aqui e aqui, como também vídeo com seu depoimento dado a imprensa sobre a sua saída do Flamengo.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Pesquisa e Desenvolvimento

Microsoft investirá R$200 milhões em seu primeiro centro de tecnologia avançada da América Latina.

Por Felipe Ventura

Este será o quarto centro de tecnologia avançada da Microsoft no mundo: os outros ficam na Alemanha, Israel e Egito. Todos eles fazem parte da Microsoft Research, uma das áreas mais interessantes da empresa.

A Microsoft Research teve um grande papel em projetos como o Kinect, o Touch Mouse, a mesa touchscreen PixelSense e talvez até a capa/teclado do tablet Surface - além do PhotoSynth, linguagens C# e F# e outros. E eles têm alguns projetos bem curiosos em desenvolvimento, como aquecer casas com um servidor, ou controlar videogames usando apenas uma pulseira e suas mãos. Se tivermos algo do mesmo nível por aqui, será incrível.

Com o novo laboratório, a Microsoft seguirá os passos da IBM e General Electric em abrir centros de P&D no Brasil. A Microsoft também abriu um centro de pesquisa em São Paulo no início do ano, que recebeu R$10 milhões em investimento.

Extraído do Portal MSN/Tecnologia

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Preconceito gramatical

 
Cachorro: O melhor amigo do homem.
Cachorra: Puta.

Vadio: Homem que não trabalha.
Vadia: Puta.

Boi: Homem gordo, forte.
Vaca: Puta.

Aventureiro: Homem que se arrisca, viajante, desbravador.
Aventureira: Puta.

Ambicioso: Visionário, enérgico, com metas.
Ambiciosa: Puta.

Dado: Homem de bom trato.
Dada: Puta.

Garoto de rua: Garoto pobre que vive na rua.
Garota de rua: Puta.

Bonequinho: Brinquedo.
Bonequinha: Puta.

Mascarado: Jogador de futebol que faz corpo mole.
Mascarada: Puta.

Atirado: Semelhante a aventureiro, sempre disponível.
Atirada: Puta.

Pistoleiro: Homem que mata pessoas.
Pistoleira: Puta.

Homem da vida: Pessoa letrada pela sabedoria adquirida ao longo da vida.
Mulher da vida: Puta.

Extraído de Humoreco: www.humoreco-al.blogspot.com.br

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

O urubu segura o galo

Mesmo com um jogador a menos, o Flamengo empatou com o Atlético Mineiro no estádio Independência em Minas Gerais, ontem 31/10 pelo brasileirão, com o placar de 1 x 1.

Ainda não estamos totalmente fora da zona de rebaixamento, mas somamos um pontinho rumo ao afastamento definitivo da segunda divisão.

Assista aos gols.


terça-feira, 30 de outubro de 2012

O tempo e a verdade

São raras as vezes em que nos deparamos com textos tão significativos e profundos como o que está reproduzido abaixo.

Trata-se de A QUINTA DIMENSÃO de autoria do médico, escritor e artista plástico catarinense Mário Gentil Costa.

Leia-o com atenção e quando alguém lhe falar de passado, presente e futuro ou mesmo lhe pedir um tempo, faça uma reflexão.

A QUINTA DIMENSÃO

Mario Gentil Costa

O Tempo, segundo Einstein, é a quarta dimensão do espaço. Trata-se de uma grandeza relativística, capaz de curvá-lo na velocidade da luz e até gerar buracos negros. Ele não passa; simplesmente aí está…, como estão as outras três que, há mais de dois milênios, foram enunciadas por Euclides e incorporadas definitivamente aos fundamentos da geometria clássica.

Ao contrário do comprimento, da largura e da altura, ele não é percebido fisicamente pelos nossos sentidos. Olhamos ou tocamos um objeto e, imediatamente, somos capazes de lhe determinar, mesmo a grosso modo, a forma, o peso, o tamanho, a cor, a consistência. O Tempo, dir-se-ia que é ultra-sensorial. Temos, quando muito, uma vaga consciência de sua presença a nosso redor. É tão relativo que parece arrastar-se quando vivemos momentos difíceis; voa célere, todavia, se a ocasião é prazerosa. Olhado de frente, se nos afigura como futuro. Visto de costas, já é passado e se perde nas brumas do horizonte da memória. Em sua essência presente, contudo, não passa do instante.

Medimo-lo convencionalmente ao observar a aparente regularidade dos movimentos do Universo mais próximo…, como o nascer do Sol, as fases da Lua, as estações do ano, as horas do dia… Mas esse é apenas o nosso Tempo…, o Tempo humano…, um mero calendário antropocêntrico…, quase um artifício…, tão relativo, que logo ali…, em Júpiter…, cuja rotação dura dez horas das nossas… e cuja translação dura doze anos dos nossos…, de nada mais vale como relógio cósmico.

Nosso Tempo é todo ele composto de momentos que se sucedem entre duas colossais perspectivas: o passado que passou e o futuro que virá. É o presente…, algo sem dimensão…, como um ponto geométrico que só existe na imaginação.

O passado está na idéia que acabo de expressar; o futuro, na que virá em seguida. E entre os dois estamos nós, caro leitor…, eu e você…, vivendo, um após outro, os nossos momentos… O passado é, simplesmente, uma lembrança…, alegre, triste ou inexpressiva…, que ficou ou se perdeu. O futuro é o que será…, um misto de esperança, medo ou indiferença…, mas, de qualquer forma, uma expectativa…, uma incerteza…, uma interrogação.

E assim vive o ser humano, de momento em momento, espremido entre duas verdades imutáveis: a que foi e a que virá. Ele pensa que se auto-determina…, que tem livre arbítrio…, ignorante e esquecido de que está sempre ao sabor do acaso…, esse mesmo acaso que, tola e vaidosamente, resolveu chamar de “destino”, como se além do Caos Universal, que regula e organiza tudo, houvesse realmente algum tipo de predeterminismo individual…; como se fosse ele…, exclusivamente ele…, – o homem -, a figura indispensável e central do espetáculo.

Seu poder de decisão é mínimo…, quase nulo. Pouco maior que o de uma folha solta ao vento, que flutua e dança ao léu sem saber aonde vai cair no momento em que se extinguir a energia que a embala. E quando isto acontece, o que resta, em última análise é nada mais que a Verdade…, a Verdade do que foi…, do que é…, do que será… A Verdade…, uma estranha e insondável espécie de quinta dimensão…, que é eterna, imutável…; que interage com o Tempo na síntese total.

Muito antes de que o pensamento humano existisse, ela, a Verdade, já existia, e quando a humanidade, como substância, desaparecer ou se transformar em massa ou energia – como descobriu Lavoisier e, de fato, acontece a todas as formas de vida evolutiva – a Verdade continuará existindo no Espaço e no Tempo como atributo imanente do Todo.

A Verdade…, essa sim…, é preestabelecida por ser eterna…, ao contrário da mentira, da falsidade, da traição…, que nasceram com o ser humano…, geradas na sua própria imperfeição; com este mesmo ser que se dizendo “criado à imagem e semelhança de Deus”…, é o único animal que mente e que trai.

A Verdade é filha da Ética…, da Lógica…, nunca da força ou da autoridade. Ela é sinônimo da perfeição estética. O fato só acontece para confirmá-la e, mesmo que não aconteça…, que não seja registrado…, ela sempre prevalece, ou encerrada em si mesma…, em sua essência…, ou dentro da consciência de cada indivíduo, num plano mais pessoal. Mas ela é uma só; é o ideal pleno a que todos aspiram sem jamais alcançar.

Daí seu imenso desafio: a busca e o encontro da Verdade. Irremediavelmente condenado a viver o seu momento fugaz…, preso e contido entre o passado e o futuro, e, o que é pior, reprimido por suas próprias limitações e cada vez mais deslumbrado, a procurar em vão o entendimento do infinito e do eterno…, ele se vê sufocado diante da Verdade que sabe que existe e não é capaz de absorver, rendendo-se, finalmente, à única alternativa que lhe sobra: a crença.

Vez por outra…, de quando em quando…, a Natureza, que se auto-regula com a sabedoria ingênita de que só Ela é capaz…, deixa nascer um gênio para dar um salto adiante. Tal indivíduo…, que infelizmente é muito raro…, gravita numa órbita escassamente povoada, habitada exclusivamente por iniciados escolhidos cuja tarefa primordial é a gradativa elevação do homem, a fim de torná-lo merecedor dos privilégios de que desfruta entre os animais da Terra.

O gênio é o embaixador da Verdade. Mas…, lá no íntimo…, ele também sabe… por uma incômoda e indisfarçável intuição…, que, por mais que avance em sua busca incessante…, a Verdade Final…, aquela que existe por si mesma e independe das nossas crenças…, a Verdade Verdadeira…, fugidia como a linha do horizonte…, sempre estará além do seu alcance.

Texto extraído do JBF - www.luizberto.com

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Os Dez Mandamentos do Preguiçoso

 
 
1 - Viva para descansar.
 
2 - Ame a sua cama, ela é o seu templo.
 
3 - Se vir alguém descansando, ajude-o.
 
4 - Descanse de dia para poder dormir à noite.
 
5 - O trabalho é sagrado, não toque nele.
 
6 - Nunca faça amanhã, o que você pode fazer depois de amanhã.
 
7 - Trabalhe o menos possível; o que tiver para ser feito, deixe que outra pessoa faça.
 
8 – Calma, nunca ninguém morreu por descansar.
 
9 - Quando sentir desejo de trabalhar sente-se e espere que ele passe.
 
10 - Não se esqueça, trabalho é saúde. Deixe o seu para os doentes.
 
Extraído do blog Humoreco: www.humoreco.blogspot.com.br
 

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

O país do futebol e da novela

Se existe uma coisa que faz parar o Brasil, literalmente, é uma final de copa do mundo.

Agora, aparece uma concorrente a altura que é o final das novelas.

Semana passada, o assunto mais comentado no país foi o final da novela das oito da Rede Globo, Avenida Brasil, superando até mesmo o julgamento dos envolvidos no processo do mensalão.

Segundo a rádio peão, vazou uma informação que a presidente Dilma cancelou um comício onde iria prestigiar um candidato do seu partido, para não perder o último capítulo da citada novela.

Eu, particularmente não assisto novela, mas não tenho nada contra quem assiste.

De forma que, a Globo já está faturando altos índices de audiência com a nova novela denominada de Salve Jorge que promete mobilizar a atenção dos espectadores de todo o Brasil.

A seguir charge que ilustra perfeitamente a paixão do povo pelas novelas.


FAUSTO - OLHO VIVO

domingo, 21 de outubro de 2012

O Fla respira

Faltando apenas 6 rodadas para o final do campeonato brasileiro de 2012, o Flamengo finalmente dá uma respirada.

Hoje 20/10, no estádio do engenhão no Rio de Janeiro, em jogo muito disputado e com uma boa atuação, o Fla venceu o São Paulo pelo placar de 1 x 0 e com isso se distanciou um pouco mais da zona de rebaixamento.

O próximo desafio será contra o segundo colocado no campeonato, o Atlético Mineiro no estádio independência em Minas Gerais.

Vamos torcer, que com certeza ainda podemos nos classificar para a Copa Sulamericana.

A seguir vídeo com o gol do Flamengo marcado pelo zagueiro Gonzales.



quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Um grande brasileiro

Nesta vida estamos cercados de todo tipo de pessoas. Aquelas que nos envergonham, as que são neutras e direcionadas e as notáveis que nos enchem de orgulho.

Entre essas notáveis está um ser humano exemplar, o Doutor Dráuzio Varella, cientista, escritor, apresentador, professor e médico oncologista.

O Dr. Dráuzio tem prestado um relevante serviço a saúde pública no Brasil, popularizando a medicina através de programas de televisão, além de incentivar campanhas de prevenção.

Falar do Dr. Varella levaria horas a fio, portanto ressalto apenas uma de suas observações:
 
 "No mundo atual está se investindo cinco vezes mais em remédios para virilidade masculina e silicone para as mulheres do que na cura do mal de alzheimer. Daqui a alguns anos teremos velhas de seios grandes e velhos de pinto duro, mas que não se lembrarão para que servem."

Abaixo, vídeo com a entrevista do  Dr. Dráuzio Varella ao programa Rodaviva da TV Cultura em 15/10/2012.



terça-feira, 16 de outubro de 2012

Dia do professor - charge

Ontem, 15/10, foi comemorado o dia do professor. Esse ser que vem sendo tão desprestigiado ao longo dos anos e porque não dizer ao longo de décadas.

Uma profissão mais do que essencial para todas as outras.

Sem bons professores, como teremos  bons médicos, engenheiros, advogados e uma infinidade de outras.

A seguir, charge que na minha opinião retrata o pensamento da maioria dos políticos brasileiros.


CAZO - COMERCIO DE JAHU



segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Tenho medo da justiça

Ontem 14/10, o programa Fantástico da Rede Globo divulgou matéria sobre uma família da cidade de Monte Santo no interior da Bahia, em que os pais viram seus filhos serem retirados a força por ordem da justiça, para serem entregues para adoção a famílias do estado de São Paulo.

O pior, sem que os próprios pais fossem ouvidos e pasmem, sem o acompanhamento da promotoria pública.

Suspeita-se de uma quadrilha que age habitualmente na venda de crianças com a conivência de juízes e servidores da justiça.

Nestas horas é que realmente podemos constatar o relevante serviço prestado pelos órgãos da imprensa no resguardo dos direitos das pessoas mais humildes e vulneráveis.

Assista a seguir ao vídeo sobre o assunto e matéria divulgada no portal G1.





Família pobre tem filhos tirados de casa e entregues para adoção

Portal G1

Uma família pobre tem os cinco filhos tirados de casa e entregues para a adoção. Tudo feito em tempo recorde, de um dia para o outro, e sem que os pais pudessem se defender. Mas na vizinhança e na escolinha da cidade, todos garantem que as crianças eram bem tratadas. A Justiça quer saber agora o que está por trás dessa história.

O cenário é a cidade de Monte Santo, no sertão da Bahia.

Silvânia Maria da Silva e Gerôncio de Brito Souza viviam assim. Ele, vendendo o dia de serviço pesado na enxada para não deixar faltar comida em casa. “Todos os filhos meus que nasceram foi festa. Festa, caixa de foguete, galinha, carne assada, calabresa, tudo”, lembra ele. Ela, cuidando da casa. “O pai dava atenção. Quando eu botei na escola, Gerôncio vinha buscar. Vinha às reuniões. Sempre comparecendo às reuniões”, conta ela.

Gerôncio e Silvânia estão separados, mas o apego aos filhos sempre foi reconhecido na vizinhança. “Não tinha um dia que eles não viessem aqui na casa do pai. Não tinha um dia. Quando era assim, eles iam para a escola. Quando era meio-dia, chegava, corriam. Ele dava banho, botava perfume nos meninos”, detalha a vizinha Catarina da Mota Silva.

Os quatro avós também ajudavam, mas no dia 13 de maio do ano passado a história dessa família começou a mudar. A caçula, de 2 meses de idade, única menina dos cinco filhos, foi a primeira a ser levada, por ordem da Justiça de Monte Santo. Duas semanas depois, o sofrimento aumentou. “Estava em casa, estava até lavando as roupas deles, de repente chegou esse carro. Eu pensei que era para trazer minha menina de volta”, relata Silvânia, emocionada.

Eram dois policiais e uma escrivã para cumprir nova ordem do juiz: levar os outros quatro meninos. “O Ricardo correu lá por dentro, correu para a casa da mãe, lá ‘pra riba’”, conta a avó paterna, Maria Brito Souza. “Meu filho mais velho chegou: 'mãe, me esconda. Me esconda que eu não quero ir, não'”, conta a mãe aos prantos. “A rua toda ficou chocada naquela noite. Foi uma noite de terror”, reforça a avó. “Ainda hoje eu não gosto de lembrar. Ainda hoje tenho sentimento por isso”, diz a vizinha. “Os policiais disseram que, se nós impedíssemos, nós iríamos presos. Eu mais o pai. Que era ordem do juiz”, diz a mãe.

Os filhos de Gerôncio e Silvânia foram dados para quatro casais de São Paulo. Foi tudo feito com muita rapidez no fórum de Monte Santo. As famílias paulistas chegaram em um dia, foram ouvidas pelo juiz e, no dia seguinte, voltaram para São Paulo levando, com elas, as crianças. Os pais biológicos e a promotoria de Justiça não estavam na audiência. Por lei, sem a presença deles, o processo de adoção não pode sequer ser iniciado.

O juiz Vítor Manoel Xavier Bizerra, que assinou a guarda provisória das crianças, trabalha hoje na cidade de Barra. O Fantástico foi até lá. Esteve na casa onde ele mora e duas vezes no fórum. Nada do juiz. A equipe deixou um recado com a escrivã. Fantástico: Você falou para ele que nós estávamos procurando ele? Que gostaríamos de conversar? Magda Silvana Guedes (escrivã): Falei. Eu disse a ele que vocês vieram aqui com a proposta de entrevistá-lo.

Para retirar as crianças de Monte Santo, o juiz se baseou em relatórios que se contradizem. O conselho tutelar do município não encontrou irregularidades quando visitou a casa de Silvânia. Mas a assistente social da prefeitura registrou que os meninos em idade escolar faltavam às aulas. O Fantástico foi à escola onde eles estavam matriculados. Fantástico: Os pais nunca deixaram de trazer? Vanessa da Silva Souza (diretora da escola): Não. Eu nunca soube. Fantástico: E vinham buscar direitinho? Diretora: Eles sempre vinham buscar. Gerôncio, quando não vinha, era ela. “Crianças quando são mal tratadas, geralmente têm mau comportamento. De agressividade, de viver chorando. E eles não aparentavam nada disso, não chegavam machucados, de jeito nenhum, porque eles eram bem cuidados”, aponta a diretora.

Desesperado, Gerôncio procurava o conselho tutelar para saber do paradeiro dos filhos. Nunca conseguiu uma notícia e acabou desacatando as conselheiras. Foi preso e passou três semanas na cadeia. Os pais dele tiveram que vender a casa para pagar a fiança de R$ 5 mil. Hoje moram de favor. Eram muito apegados à senhora, os seus netos? Avô: Mandava comprar pão, ele ia, o bichinho. Não gosto nem de me lembrar, viu? Avó: Gosto muito deles. Os quatro avós conviviam com as crianças, mas nenhum deles foi ouvido no processo. “Tenho foto de todos eles no meu álbum”, afirma, emocionada, a avó materna, Perpétua Maria da Mota.

Carmem Topschall aparece em todos os processos como intermediária das adoções. Ela teria sido a pessoa que aproximou os casais paulistas das crianças de Monte Santo. O Fantástico descobriu que Carmem mora em um sobrado em Pojuca, a 350 quilômetros de Monte Santo. Fantástico: Um assunto particular. Preferia conversar aqui mesmo? Carmem: Ah, não. Particular, vamos subir então. Carmem tem três filhos adotados. Ela confirma que ajudou as famílias de São Paulo, mas nega que trabalhe conseguindo crianças pobres para casais que queiram adotar. Carmem: Eu não fui intermediária. Fantástico: Como que não foi se a senhora aparece no processo? Carmem: Eu apareço no processo porque eu acompanhei o pessoal e levei e mostrei o caminho, mas eu não fui intermediária.

Já faz um ano e quatro meses. O pai afirma que as crianças fazem falta, enquanto segura, emocionado, a roupa dos filhos. A mãe conta que nunca mais teve notícia delas.

Campinas, São Paulo. A equipe do Fantástico vai procurar os casais que, de acordo com os processos, conseguiram a guarda provisória das crianças. Dois dos cinco filhos de Silvânia e Gerôncio moram em uma casa. São os dois mais velhos. Segundo os vizinhos, a casa está sempre vazia. Partem para Indaiatuba, vizinha a Campinas. Lá, ficam os outros endereços das crianças. O Fantástico toca o interfone e avisa que quer falar sobre uma criança adotada, mas desligam o telefone. Em outra casa, ninguém atende. Mas a advogada que defende os interesses dos casais que estão com as crianças é encontrada. “Houve o devido processo legal. Ninguém fez nada que não fosse pelo devido processo legal”, garante Lenora Steffen Panzetti.

O atual juiz de Monte Santo, Luiz Roberto Cappio, discorda, e ele tem uma lista de irregularidades que encontrou nos processos. “Não houve determinação de estágio de convivência. Os pais biológicos não foram ouvidos”, diz ele. Para ele, o caso dos filhos de Silvânia e Gerôncio é só um exemplo do que acontece em várias comunidades do sertão da Bahia. Fantástico: Se trata de uma quadrilha que atua para traficar crianças pobres aqui no sertão da Bahia? Juiz: Sim. De forma planejada e profissional, habitual. A volta das crianças para Monte Santo é uma possibilidade que o juiz não descarta. “Se eu entender que o retorno atende ao melhor interesse dessas crianças, eu farei”, declara o juiz.

“Mas essas crianças já passaram por um trauma da vida que elas levavam, da adaptação que elas tiveram e tirá-las novamente, será que realmente é o melhor para elas?”, questiona Lenora. “Estou esperado por eles aqui”, diz a mãe, esperançosa.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

O dilema do chefe


 
O Dilema do Chefe

 
Se é amigável... é demagogo

Se é retraído... é mascarado

Se adora decisões rápidas... é arbitrário

Se demora nas decisões... é incapaz

Se planeja a longo prazo... é visionário

Se planeja a curto prazo... é quadrado

Se solicita muita verba... é esbanjador

Se não solicita verba... é acanhado

Se procura eliminar a papelada... é racionário

Se segue as normas... é burocrata

Se chega tarde... é aproveitador

Se chega cedo... é ambicioso

Se tudo anda bem... ele não faz falta

Se tudo anda mal... ele não funciona

Se trabalha em equipe... não tem idéias próprias

Se não trabalha em equipe... não confia em ninguém

Se é visto sempre com seu superior... é puxa-saco

Se nunca é visto com seu superior... está de saída

Se delega poderes... não quer nada com o trabalho

Se centraliza tudo em si... não quer dar chance a ninguém!

Texto extraído do blog Humoreco, www.humoreco-al.blogspot.com.br

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Joaquim Barbosa para presidente

O sentimento de cidadania e justiça voltou a aflorar no seio do povo brasileiro.

Tudo porque um ministro do STF – Supremo Tribunal Federal, de cor negra e de origem humilde tem se tornado o ícone da luta contra a corrupção no Brasil. (veja também postagem anterior sobre o ministro Barbosa, clicando aqui)

Relator da ação penal nº 470 chamado de processo do mensalão, o ministro Joaquim tem sido um modelo raro de honradez e dignidade no triste e lamentável panorama atual do poder judiciário brasileiro, servindo de exemplo a seus pares e traduzindo os anseios de toda uma geração de pessoas honestas deste país.

Abaixo, vídeo com trechos do relato do processo do mensalão e em seguida uma rápida biografia do ministro Joaquim.



Joaquim Benedito Barbosa Gomes é o nome dele.

Conhecido como Joaquim Barbosa, apenas, ele é ministro do Supremo Tribunal Federal do Brasil desde 25 de junho de 2003,quando nomeado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. É o único negro entre os atuais ministros do STF. Joaquim Barbosa nasceu no município mineiro de Paracatu em 7 de outubro de 1954 (54 anos), noroeste de Minas Gerais. É o primogênito de oito filhos.

Pai pedreiro e mãe dona de casa passou a ser arrimo de família quando estes se separaram. Aos 16 anos foi sozinho para Brasília arranjou emprego na gráfica do Correio Braziliense e terminou o segundo grau, sempre estudando em colégio público. Obteve seu bacharelado em Direito na Universidade de Brasília, onde, em seguida, obteve seu mestrado em Direito do Estado.

Prestou concurso público para Procurador da República e foi aprovado. Licenciou-se do cargo e foi estudar na França por quatro anos, tendo obtido seu Mestrado em Direito Público pela Universidade de Paris-II (Panthéon-Assas) em 1990 e seu Doutorado em Direito Público pela Universidade de Paris-II (Panthéon-Assas) em 1993.

Retornou ao cargo de procurador no Rio de Janeiro e professor concursado da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Foi Visiting Scholar no Human Rights Institute da faculdade de direito da Universidade Columbia em Nova York ( 1999 a 2000), e Visiting Scholar na Universidade da Califórnia, Los Angeles School of Law ( 2002 a 2003). Fez estudos complementares de idiomas estrangeiros no Brasil, na Inglaterra, nos Estados Unidos, na Áustria e na Alemanha. É fluente em francês, inglês e alemão.

O currículo do ministro do STF Joaquim Barbosa que vocês acabam de ler foi extraído da Wikipédia, mas pode ser encontrado facilmente nos arquivos dos órgãos oficiais do Estado Brasileiro. “E o que mostra esse currículo?”, perguntarão vocês. Antes de responder, quero dizer que o histórico de vida de Joaquim Barbosa pesa muito neste caso, porque mostra que ele, à diferença de seus pares, é alguém que chegou aonde chegou lutando contra dificuldades imensas que os outros membros do STF jamais sequer sonharam em enfrentar.

Não se quer aceitar, nesse debate – ou melhor, a mídia, a direita, o PSDB, o PFL, os Frias, os Marinho, os Civita não querem aceitar -, que Joaquim Barbosa é um estranho no ninho racialmente elitista que é o Supremo Tribunal Federal, pois esse negro filho de pedreiro do interior de Minas é apenas o terceiro ministro negro da Corte em 102 anos, conforme a Wikipédia, tendo sido precedido por Pedro Lessa ( 1907 a 1921) e por Hermenegildo de Barros ( 1919 a 1937). E quem é o STF hoje no Brasil? Acabamos de ver recentemente nos casos Daniel Dantas, Eliana Tranchesi etc. É o que sempre foi: a porta por onde os ricos escapam de seus crimes.

Joaquim Barbosa é isolado por seus pares pelo que é: negro de origem pobre numa Corte quase que exclusivamente branca nos últimos mais de cem anos, que julga uma maioria descomunal de causas que beneficiam a elite branca e rica do país. Sobre o que ele disse ao presidente do STF, Gilmar Mendes, apenas repercutiu o que têm dito, em ampla maioria, juízes, advogados, jornalistas, acadêmicos de toda parte do Brasil e do mundo, que o atual presidente do Supremo, com suas polêmicas midiáticas, com denúncias de grampos ilegais que não se sustentam e que ele até já reconheceu que “podem” não ter existido – depois de toda palhaçada que fez -, desserve à instituição que preside e ao próprio conceito de Justiça.

Gilmar Mendes pareceu-me ter querido “pôr o negrinho em seu lugar”, e este, altivo, enorme, colossal, respondeu-lhe, com todas as letras, que não o confundisse com “um dos capangas” do supremo presidente “em Mato Grosso”. Falando nisso, a mídia poderia focar nesse ponto, sobre “Mato Grosso”, mas preferiu o silêncio. Esperemos…

Finalmente, esse episódio revelou-se benigno para a nação, a meu juízo, pois mostrou que ainda resta esperança para a Justiça brasileira. Enquanto houver um só que enfrente uma luta aparentemente desigual para si simplesmente para dizer o que falam quase todos, porém sem que os poucos poderosos dêem ouvidos, haverá esperança.Enquanto um resistir, resistiremos todos. Joaquim Barbosa é um estranho no ninho do STF, entre a elite branca da nação, e está sendo combatido por isso e por simplesmente dizer a verdade em meio a um mar de hipocrisia. O Brasil inteiro sabe disso e essa talvez seja a verdade mais importante, pois dará conseqüência aos fatos.

Texto extraído do Jornal da Besta Fubana, www.luizberto.com

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Tentando recriar a natureza (2)


Para  maior credibilidade da nossa postagem anterior, reproduzimos matéria publicada nesta data no portal Cleber Toledo, com a opinião da professora doutora Iracy Coelho de Menezes Martins, da Universidade Federal do Tocantins.

Projeto de safari africano no Jalapão é “lunático”, afirma pesquisadora da UFT

Raimunda Carvalho - da Redação

O projeto que prevê a criação de um safári africano no meio do Estado, em pleno Jalapão, foi definido como “lunático” pela professora Iracy Coelho de Menezes Martins, do curso de Engenharia Ambiental, da Universidade Federal do Tocantins (UFT). Ela é doutora em Ciência Florestal, na linha de Avaliação de Impactos Ambientais e Recuperação de Áreas Degradadas.

Segundo a dra. Iracy, até o momento não sabe quem são as pessoas que “lunaticamente resolveram elaborar um projeto desta natureza”. “Para mim, este projeto é completamente inviável. Não iremos ficar quietos, nós iremos fazer alguma coisa. Sou professora do curso ambiental e sou responsável pelos engenheiros que estão no mercado de trabalho e pelos futuros profissionais. Não iremos ficar calados diante de situação tão arriscada quanto este empreendimento”, avisou.

Dra. Iracy afirmou que nunca ouviu falar da empresa que ficará responsável pela infraestrutura do projeto. “Nunca ouvi falar e até gostaria de conhecer para que possamos trocar ideias. Como cientista, precisamos de pareceres científicos para dizer se pode ou não trazer estas espécies para o cerrado tocantinense. O cientista sabe das relações ecológicas entre animais, das possíveis transmissões de doenças e mutações genéticas que podem ocorrer. Não sei nada da empresa”, reforçou.

A professora, que também é mestre em ecologia de paisagem, afirmou que a proposta do safári passa pelos aspectos sociais, econômicos e ambientais. “O que mais chama atenção neste contexto são os aspectos ambientais, porque a sugestão de introduzir espécies exóticas no Brasil não é permitida pela legislação ambiental. É proibida a importação destes animais”, destacou, como havia dito também o superintendente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Joaquim Henrique Montelo Moura.

Para ela, o projeto apelidado de Out of Africa Brasil, é inviável. “Imagine trazer espécies de um continente - que é dividido em diversas regiões fitoecológicas, que se transformam em habitat natural de uma determinada fauna - para juntar em um ambiente único, como é o caso do Jalapão”, criticou, enfatizando que a proposta divulgada para o safari prevê que sejam trazidos elefantes, leões, leopardos, búfalos, rinocerontes, zebras, hienas, kudus e impalas para “juntar em um ecossistema frágil como o Jalapão”. “Como vai ficar isto em termos da cadeia alimentar? Quais são as espécies florestais ou vegetais para os animais herbívoros? E a dos carnívoros? Eles dizem no projeto que vão fechar 100 mil hectares para acomodar mais de 400 animais de 17 espécies, para que eles vivam soltos. Como vão impedir que os animais saiam deste local?”, questionou.

Ela continuou questionando. “Estas espécies vão se alimentar dos nossos gados? Dos nossos fazendeiros? Dos proprietários de terra que serão desapropriados? A girafa se alimenta do que? As árvores do Jalapão tem porte baixo. Não c
onsigo imaginar a quantidade de impacto que aquela área poderá sofrer? Indagou a professora, acrescentando que projetos desta dimensão não existem em outra localidade do planeta. Ela voltou a afirmar que o ecossistema do Jalapão é frágil. “Claro que o ecossistema não suportaria esta situação. Já houve situações com um grande número de pessoas, agora imagina vários elefantes. Por que tirar os animais de lá e não aproveitá-los no habitat de origem?”, protestou.

O projeto é de autoria do ex-secretário de Saúde do Tocantins, Nicolau Esteves.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Tentando recriar a natureza

Trata-se de um projeto idealizado com toda certeza em alguma mesa de bar e regado a muito whisky, tão grande é a imaginação fértil das pessoas que o conceberam.

Imagine, utilizar uma área de 100 mil hectares na região do Jalapão, estado do Tocantins, para recriar o ambiente dos safáris africanos com animais exóticos importados da África, onde os mesmos ficariam soltos e se alimentariam como se estivessem no seu habitat natural.

É viajar demais na maionese. Só se as pessoas que cuidam dos órgãos ambientais brasileiros pirassem de vez.

Essas pessoas querem recriar em dias, o que a natureza levou milhões de anos para desenvolver.

Como conciliar a fauna brasileira com a fauna africana sem o prejuízo de uma delas, impossível.

Os danos seriam imprevisíveis.

Basta lembrar que a transposição do rio São Francisco, partindo do Tocantins foi barrada em virtude de estudos mostrando os danos ambientais que isso acarretaria a fauna dos dois biomas.

Projeto simplesmente ridículo e lunático.

Abaixo, vídeo divulgado na internet e trecho da matéria publicada no Estadão.





Empreendimento planeja criar um safári africano no meio do Tocantins

Giovana Girardi

Reserva de 100 mil hectares próxima ao Jalapão, com mais de 400 indivíduos de espécies como leões, leopardos, elefantes e búfalos, vivendo como nas savanas da África, custaria R$ 350 milhões

"Brasil e África se juntam depois de milhares de anos que uma fissura nas placas tectônicas transformou o que hoje são dois continentes com características tão semelhantes. Agora já podemos sentir o coração de África no Tocantins." A frase - transcrita literalmente de um vídeo promocional que está circulando na internet - apresenta o projeto de um novo safári tipicamente africano. Só que no meio do Tocantins.

Os empreendedores partem do princípio de que, como no passado Brasil e África foram unidos em um continente só e hoje ambos têm vegetações semelhantes (savana e cerrado), seria possível recriar por aqui o ambiente africano com um investimento de R$ 350 milhões.

O plano foi apelidado de Out of Africa Brasil. Encabeçado pelo ex-secretário de Saúde do Tocantins, Nicolau Esteves, prevê a criação de uma reserva de 100 mil hectares para a acomodação de mais de 400 animais de 17 espécies, como elefantes, leões, leopardos, búfalos, rinocerontes (brancos e pretos), zebras, hienas, kudus e impalas. Predadores e presas vivendo em uma área cercada, sem interferência humana - nem mesmo alimentação. "Vai ser a cadeia natural mesmo", diz o médico mineiro. A ideia é que três hotéis se instalem nas proximidades e ofereçam passeios para ver os animais de perto.

Mas, segundo o Estado apurou, as quantidades sugeridas de cada espécie a ser importada não parecem seguir nenhum estudo que aponte a proporção adequada entre predador e presa. Até o momento foi feita uma consulta ao Ibama de Tocantins, mas não foi enviado um projeto técnico. Agora a sede do órgão em Brasília também analisa a solicitação.

É preciso avaliar, entre outras coisas, se não há risco para a fauna nativa, de extinção das espécies a serem importadas, se há garantia da origem legal desses animais. "É um pedido atípico e de proporções muito grandes. É delicado do ponto de vista da manutenção desses animais, da estrutura, do risco de fuga, dos acidentes que podem acontecer. Estamos vendo com muita parcimônia e sendo bastante reticentes", diz a analista Taciana Sherlock, da coordenação de fauna do Ibama.

Sobre a ideia de que os animais tenham de caçar seu próprio alimento, Taciana foi um pouco mais descrente. "Como podemos liberar a importação de animais para trazê-los para cá para serem abatidos?" Por ser um modelo inédito no Brasil - e talvez no mundo -, o órgão avalia como ele deve ser analisado. Ele não se encaixa em nenhuma categoria prevista de manutenção de fauna em cativeiro. Em geral, empreendimentos que trabalham com exóticos são enquadrados na lei de zoológicos, mas a situação não é bem essa.

Pelo porte do projeto, é de se questionar se não é um caso de introdução de animais exóticos, o que é proibido. A situação fica mais complicada se houver mistura desses animais com a fauna local, como sugerem Esteves e o vídeo na internet. "Uma centena de espécies de animais nativos e africanos silvestres", diz o material em um momento. Em outro, menciona que o projeto tem "característica de preservação ambiental da fauna brasileira e exótica". Nesse cenário, Taciana endurece: "Se tiver isso, vai ser imediatamente vetado”.

Mas o empreendimento tem despertado interesse. Segundo um arquivo apresentado na consulta que lista todas as espécies a serem importadas, o projeto conta com patrocínio de empresas como Toyota, Shell, Mobil, Engen e Total. Ambientalistas que acompanham o processo mencionaram um suposto aval do governo do Tocantins pelo potencial financeiro do empreendimento.

O presidente do órgão ambiental do Estado, o Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins), Alexandre Tadeu, diz que por enquanto não tem como se dizer a favor ou contra. "Até agora, a única demanda que recebemos foi para criar um termo de referência para orientar os futuros estudos ambientais", diz. Segundo ele, isso deve ser entregue nos próximos dez dias. "É complexo, mas não podemos dizer nada sem ter embasamento."

Pesquisadores também questionam o porquê de um projeto com essas características se o intuito seria conservar a natureza. "Não tem necessidade de trazer animais de fora quando a fauna daqui é tão interessante", diz o biólogo Peter Crawshaw Junior, um dos maiores especialistas em onça-pintada do País. "No mínimo a ideia é de um profundo mau gosto", comenta o ecólogo Paulo De Marco Júnior, da Universidade Federal de Goiás. "E quem diz que dá para recriar as savanas africanas aqui com todas as diferenças que ocorreram entre os sistemas dos dois continentes?"

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Clima de decisão

Clima de decisão, foi o que aconteceu ontem entre o Flamengo e Atlético Mineiro pela décima quarta rodada do brasileirão, com a vitória do Mengo por 2 x 1.

A rivalidade que já é grande entre os dois times, ficou mais acentuada com a saída do Ronaldinho Gaúcho do Fla para o Atlético.

Um jogo a altura do grande clássico brasileiro.

Abaixo, vídeo com os gols da partida.



segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Uma vergonha

O poder judiciário no Brasil é mesmo de arrepiar.

Enquanto no poder executivo, ministros de estado são proibidos de aceitar benesses de qualquer organização privada, o mesmo não ocorre com servidores do judiciário.

Na última sexta-feira, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, presidiu um júri simulado sobre a judicialização da saúde, na Escola Paulista da Magistratura, em São Paulo. As despesas dos magistrados e dos acompanhantes foram pagas por operadoras de planos.

E aí vem a pergunta que não quer calar, como é que um juiz pode julgar uma ação com isenção, se aceita participar de encontros e congressos patrocinados por aqueles que serão réus em suas jurisdições? Ora, só se for para inglês ver.

Esse tipo de lobby acontece em todos os seguimentos empresariais, desde planos de saúde como é o caso tratado aqui, até bancos, operadoras de telefonia, concessionárias de energia, entre outras.

Segundo José Cláudio Ribeiro Oliveira, assessor jurídico da Unimed Brasil, diz que "os juízes irão continuar a decidir com sua consciência".

Então tá!

Abaixo, matéria completa divulgada na Folha de São Paulo.

Plano de Saúde patrocina encontro de juizes

FREDERICO VASCONCELOS

Na última sexta-feira, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, presidiu um júri simulado sobre a judicialização da saúde, na Escola Paulista da Magistratura, em São Paulo. O evento foi aberto por dois dirigentes da Unimed, cooperativa de médicos que opera planos de saúde e que patrocina encontros com magistrados para discutir o aumento das ações judiciais na área de saúde.

Em agosto, cerca de cem juízes foram, num final de semana, a um congresso no hotel Casa Grande, no Guarujá. As despesas dos magistrados e dos acompanhantes foram pagas por operadoras de planos.

Os dois exemplos de lobby revelam a preocupação do setor privado com o aumento de processos e o risco para a saúde financeira do sistema. A Unimed fez a "Cartilha de Apoio Médico e Científico ao Judiciário". No livreto, Caio da Silva Monteiro, diretor da empresa, diz que a intenção "é proteger o Sistema Unimed das liminares que determinam atendimentos sem a contrapartida financeira" e que "existe tendência natural do Judiciário na intenção de proteger o consumidor em detrimento da operadora".

Em 2010, o Conselho Nacional de Justiça recomendou encontros e convênios para que os juízes recebam apoio técnico ao julgar demandas urgentes relativas à saúde. "Deixamos para o juiz essa imensa responsabilidade, e ele acaba não estando devidamente preparado", diz Mendes.

Em 2011, o ministro Dias Toffoli presidiu o júri simulado feito pela Unimed. O congresso no Guarujá foi promovido pelo IESS (Instituto de Estudos de Saúde Suplementar), fundado por operadoras de planos. Teve apoio do Tribunal de Justiça de São Paulo. O ministro Marco Aurélio de Mello (STF) foi palestrante. "A não ser o pernoite, nada mais é custeado pelos organizadores", disse. O desembargador Ivan Sartori dirigiu um dos painéis. Sua assessoria informou que ele não ficou no hotel.

Alguns juízes que participaram de encontros promovidos pela Escola Paulista da Magistratura em fóruns no interior de São Paulo não sabiam que a Unimed era patrocinadora. Eles entendem como "doutrinação" a tentativa de padronizar decisões na primeira instância.

O CNJ diz que o Judiciário acumula 241 mil processos na área (dados de 2011). O desembargador Armando de Toledo, diretor da Escola Paulista da Magistratura, diz que o encontro no hotel Casa Grande foi "uma troca de conhecimento, sem característica de doutrinação". "As conclusões serão úteis. É importante saber o que os grandes litigantes estão pensando", diz. "A parceria no custeio é necessária para o juiz ir [ao evento]". Ele diz que não há como fazer os encontros durante a semana.

O juiz João Baptista Galhardo Júnior, assessor da presidência do TJ-SP, diz que instalou em Araraquara (SP) Câmara Técnica para auxiliar os juízes em decisões urgentes. José Cláudio Ribeiro Oliveira, assessor jurídico da Unimed Brasil, diz que "os juízes irão continuar a decidir com sua consciência" e que o tipo de apoio aos eventos varia entre as unidades. A assessoria do STJ informou que o ministro Ricardo Villas Boas Cueva não quis se manifestar. O IESS não se pronunciou.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Deus segundo Spinoza

As palavras abaixo são de Baruch Espinoza – nascido em 1632 em Amsterdã, falecido em Haia em 21 de fevereiro de 1677, foi um dos grandes racionalistas do século XVII dentro da chamada Filosofia Moderna, juntamente com René Descartes e Gottfried Leibniz. Era de família judaica portuguesa e é considerado o fundador do criticismo bíblico moderno.

Acredite, essas palavras foram ditas em pleno Século XVII.

DEUS SEGUNDO SPINOZA

“Pára de ficar rezando e batendo o peito! O que eu quero que faças é que saias pelo mundo e desfrutes de tua vida. Eu quero que gozes, cantes, te divirtas e que desfrutes de tudo o que Eu fiz para ti.

Pára de ir a esses templos lúgubres, obscuros e frios que tu mesmo construíste e que acreditas ser a minha casa. Minha casa está nas montanhas, nos bosques, nos rios, nos lagos, nas praias. Aí é onde Eu vivo e aí expresso meu amor por ti.

Pára de me culpar da tua vida miserável: Eu nunca te disse que há algo mau em ti ou que eras um pecador, ou que tua sexualidade fosse algo mau. O sexo é um presente que Eu te dei e com o qual podes expressar teu amor, teu êxtase, tua alegria.

Assim, não me culpes por tudo o que te fizeram crer. Pára de ficar lendo supostas escrituras sagradas que nada têm a ver comigo. Se não podes me ler num amanhecer, numa paisagem, no olhar de teus amigos, nos olhos de teu filhinho... Não me encontrarás em nenhum livro!

Confia em mim e deixa de me pedir. Tu vais me dizer como fazer meu trabalho?

Pára de ter tanto medo de mim. Eu não te julgo, nem te critico, nem me irrito, nem te incomodo, nem te castigo. Eu sou puro amor. Pára de me pedir perdão. Não há nada a perdoar. Se Eu te fiz... Eu te enchi de paixões, de limitações, de prazeres, de sentimentos, de necessidades, de incoerências, de livre-arbítrio.

Como posso te culpar se respondes a algo que eu pus em ti? Como posso te castigar por seres como és, se Eu sou quem te fez? Crês que eu poderia criar um lugar para queimar a todos meus filhos que não se comportem bem, pelo resto da eternidade? Que tipo de Deus pode fazer isso?

Esquece qualquer tipo de mandamento, qualquer tipo de lei; essas são artimanhas para te manipular, para te controlar, que só geram culpa em ti. Respeita teu próximo e não faças o que não queiras para ti. A única coisa que te peço é que prestes atenção a tua vida, que teu estado de alerta seja teu guia.

Esta vida não é uma prova, nem um degrau, nem um passo no caminho, nem um ensaio, nem um prelúdio para o paraíso. Esta vida é o único que há aqui e agora, e o único que precisas.

Eu te fiz absolutamente livre. Não há prêmios nem castigos. Não há pecados nem virtudes. Ninguém leva um placar. Ninguém leva um registro. Tu és absolutamente livre para fazer da tua vida um céu ou um inferno.

Não te poderia dizer se há algo depois desta vida, mas posso te dar um conselho. Vive como se não o houvesse. Como se esta fosse tua única oportunidade de aproveitar, de amar, de existir. Assim, se não há nada, terás aproveitado da oportunidade que te dei. E se houver, tem certeza que Eu não vou te perguntar se foste comportado ou não. Eu vou te perguntar se tu gostaste, se te divertiste... Do que mais gostaste? O que aprendeste?

Pára de crer em mim - crer é supor, adivinhar, imaginar. Eu não quero que acredites em mim. Quero que me sintas em ti. Quero que me sintas em ti quando beijas tua amada, quando agasalhas tua filhinha, quando acaricias teu cachorro, quando tomas banho no mar.

Pára de louvar-me! Que tipo de Deus ególatra tu acreditas que Eu seja? Me aborrece que me louvem. Me cansa que agradeçam. Tu te sentes grato? Demonstra-o cuidando de ti, de tua saúde, de tuas relações, do mundo.

Te sentes olhado, surpreendido?... Expressa tua alegria! Esse é o jeito de me louvar. Pára de complicar as coisas e de repetir como papagaio o que te ensinaram sobre mim. A única certeza é que tu estás aqui, que estás vivo, e que este mundo está cheio de maravilhas.

Para que precisas de mais milagres? Para que tantas explicações? Não me procures fora! Não me acharás. Procura-me dentro... aí é que estou, batendo em ti."

Baruch Spinoza

Extraído do Jornal da Besta Fubana www.luizberto.com