quarta-feira, 7 de março de 2012

Ligações perigosas

Não estamos nos referindo ao badalado filme do renomado diretor Stephen Frears, mas a revelação das ligações de políticos goianos com o contraventor do jogo do bicho e lobista Carlinhos Cachoeira, descoberto pela Polícia Federal.

Nada mais certo que aquele dito popular “de onde menos se espera é que aparece”. Agora fica a pergunta: no meio político brasileiro, daqui pra frente vamos confiar em quem?

Entenda o caso, lendo resumo do texto que vem sendo divulgado pela internet através de algumas mídias.

Senador Demóstenes Torres, encarado pela imprensa brasileira como Paladino da ética, recebia até presentes do mafioso Carlinhos Cachoeira

A prisão do bicheiro Carlinhos Cachoeira, que administrava uma série de cassinos ilegais em Goiás e nas cercanias de Brasília, cada um com faturamento mensal na casa de R$ 3 milhões, tem provocado um verdadeiro tsunami político em Goiás, estado administrado por Marconi Perillo, que vinha sendo apontado como um possível presidenciável do PSDB.

Até agora já se sabe que o mafioso Cachoeira nomeava delegados, pagava mesada a policiais, distribuía presentes ao senador Demóstenes Torres (DEM/GO) e indicava parentes até para a Secretaria de Indústria e Comércio de Goiás

Agora, mais uma revelação estarrecedora. Ele foi preso em sua residência de Goiânia, uma casa que, até 2010, pertencia ao governador Marconi Perillo.

Ex-delegado, o senador Demóstenes Torres (DEM/GO) se especializou nos últimos anos em posar como eterno paladino da ética, pronto a assinar qualquer pedido de CPI e a prestar declarações a todo órgão de imprensa disposto a repercutir escândalos de corrupção. Até aí, tudo bem. Esse é o papel democrático da oposição. O que não se sabia – e se sabe agora – é que Demóstenes Torres é amigão do peito do bicheiro Carlinhos Cachoeira, preso ontem 06/03/2012, na Operação Monte Carlo da Polícia Federal. Questionado sobre suas relações com o Don Corleone brasileiro, Demóstenes soltou uma pérola: “Pensei que ele tivesse abandonado a contravenção e se dedicasse apenas a negócios legais”.

Não, Demóstenes. Impossível. O Brasil inteiro sabia das atividades ilegais de Carlinhos Cachoeira. Especialmente em Goiás, onde ele administrava uma rede de cassinos ilegais. O que o Brasil não sabia – e sabe agora – é que Cachoeira dava as cartas no governo de Goiás, nomeando delegados e técnicos de várias áreas do governo.

O que o Brasil também não sabia – e sabe agora – é que Cachoeira dava presentinhos ao senador mais moralista da República. No casamento do senador, o presente dado pelo bicheiro foi uma cozinha completa. “Sou amigo dele há anos. A Andressa, mulher dele, também é muito amiga da minha mulher”, declarou Demóstenes.

Além de desmoralizar o senador goiano, a Operação Monte Carlo também pode arruinar a carreira política do governador Marconi Perillo, do PSDB, que entregou a segurança pública do seu estado a um dos maiores contraventores do País.

Imprensa

É incrível o silêncio das Organizações Globo, maior grupo de comunicação do País e da Folha de São Paulo sobre a Operação Monte Carlo, que prendeu o bicheiro Carlinhos Cachoeira.

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