segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Pagamos os políticos para que?

Além de “trabalharem” somente três dias por semana, terem duas férias por ano, altos salários, verbas de gabinete para usarem ao bel prazer, passagem aérea e moradia, gratuitas e mais uma série de outras mordomias, ainda fazem a nós eleitores de palhaços.

Quando pensávamos que já tínhamos visto tudo, na última semana (22/09), dois parlamentares, sozinhos, um presidindo a sessão da Comissão de Constituição e Justiça CCJ que é considerada uma das mais importantes do congresso nacional César Colnago (PSDB-ES), e o outro em plenário Luiz Couto (PT-PB), aprovaram, pasmem, 118 projetos em três minutos apenas.

Veja abaixo matéria completa publicada na Folha de São Paulo e vídeo mostrando a palhaçada.

Com dois deputados, comissão aprova 118 projetos em três minutos

JOSIAS DE SOUZA
DE BRASÍLIA

O portal oficial da Câmara na internet levou ao ar uma ata mentirosa. O documento falseia a lista de presença em uma reunião da Comissão de Constituição e Justiça.
Anota-se no texto que a comissão reuniu-se às 11h53 de quinta-feira "com a presença" de 34 deputados.
Falso. Havia em plenário duas almas: César Colnago (PSDB-ES) e Luiz Couto (PT-PB). Os outros 32 tinham apenas rubricado a lista.
O regimento da Casa exige o mínimo de 31 deputados para que a CCJ possa deliberar.
Os dois presentes tomaram os seus lugares. O tucano Colnago, na presidência; o petista Couto, no plenário.
Conforme noticiou "O Globo", foram aprovados 118 projetos em três minutos.
A ata, porém, omite a duração da sessão. Limita-se a registrar um resumo do que foi "deliberado".
As proposições foram reunidas em quatro blocos.
Em um, passaram 38 novas concessões para a exploração de emissoras de rádio. Em outro, foram renovadas 65 concessões.
Num terceiro, foram aprovados nove projetos de lei. No derradeiro, referendaram-se acordos internacionais.
Cada bloco correspondeu a uma encenação. Dirigindo-se ao ermo de um plenário reduzido à presença de Couto, Colnago dizia: "Os deputados que forem pela aprovação, a favor da votação, permaneçam como se encontram".
Na primeira fileira, Couto mantinha-se inerte.
E Colnago: "Não havendo quem queira discutir, em votação. Aprovado".
Após três minutos, ele encerrou a sessão. Voltando-se para Couto, que além de deputado é padre, Colnago, que fora auxiliar de sacristia quando menino, fez troça: "Um coroinha com um padre, podia dar o quê?".
Ouvido sobre o teatro, Colnago disse que as matérias eram de consenso e que o regimento da Casa prevê votação simbólica.

Nenhum comentário:

Postar um comentário