sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Uma luz no fim do túnel

Nos últimos dias, nós brasileiros estamos acompanhando estupefatos, o desenrolar dos acontecimentos que vêm ocorrendo no governo federal, com denúncias das mais escabrosas e queda de vários ministros.

Navegando na web, mais especificamente no site do JBF ou www.luizberto.com/, encontrei um texto de autoria do Luciano Oliveira, o qual transcrevo abaixo, que achei bastante interessante e me enchi de esperança de que no final das contas se não acabar com a corrupção (que é quase impossível), pelo menos se deu início a caça aos corruptos. Leia a seguir.

A DILMA MERECE O NOSSO APOIO

Por Luciano Oliveira – Recife-PE

Meus caros amigos,

Estou, de caso pensado, parodiando no título desta mensagem um dos slogans mais detestáveis do regime militar. Os mais velhos se lembram: “O Brasil merece o nosso amor!” Havia coisa pior: “Brasil: Ame-o ou deixe-o!” - cópia medíocre do “love or live it!” da mais estúpida direita americana, que também chegou a figurar em adesivos que a classe média da época, hoje convertida a um Jesus de fancaria, usava nos seus carros…

Ocorre que o regime militar acabou há 25 anos (um tempo maior do que a duração do dito regime), e apesar disso continuamos atribuindo todas as nossas mazelas àquele tempo que, felizmente, passou. (”Tudo passa sobre a terra”, como diria José de Alencar - o escritor, não o vice de Lula!)

Desde então, já tivemos cinco presidentes civis (Sarney, Collor, Itamar, Fernando Henrique e Lula). Todos eles, uns mais, outros menos, uns constrangidos, outros alegremente, se acomodaram às piores práticas da nossa democracia, que certa feita Sérgio Buarque definiu como um “enorme mal entendido” nestas terras… Não vou entrar em detalhes desnecessários.

Ora, Dilma Rousseff, a “criatura de Lula” (e concordo, sim, que ela foi uma criatura dele, não sei se num momento de porre ou de lucidez…), está, como “nunca antes neste país”, como diria seu criador, ousando peitar o pacto de mediocridade e safadeza que tradicionalmente ata o Executivo ao Legislativo - um poder entre nós praticamente reduzido à condição de “despachante” de obras geralmente superfaturadas…

As dificuldades de “governabilidade” (palavrinha detestável posta em voga por nossos cientistas políticos “realistas”) que Dilma está enfrentando neste momento, às voltas com sua base parlamentar formada na sua maior parte por políticos a quem dedico, em momentos de generosidade, indiferença, deve merecer nossa maior atenção. Nossa atenção e nosso apoio.

A sociedade brasileira, suas melhores cabeças e seus mais lúcidos representantes, tem nos últimos tempos se mobilizado por demandas que são da maior importância, reconheço, mas que, na maioria das vezes, permanecem no nível da nossa vida privada.

É chegado o tempo (quem diria!) de nos mobilizarmos pelo Brasil com que ela - que foi subversiva na juventude, e hoje se viu alçada á condição de “gerentona” - está, ao que tudo indica, comprometida.

Eu não votei em Dilma. Mas hoje lhe dou o meu voto.

Abração cordial

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