E a minha liberdade de escolha, onde é que fica?

Olá, gostaria de inaugurar meu blog falando de um assunto um tanto polêmico.
Porém, como me diz respeito diretamente, me sinto no direito de comentar.
Como podem ver no meu perfil, sou pernambucano, e sempre que tenho a oportunidade acompanho e torço pelos times do meu estado natal, ou seja, sport, náutico, santa cruz, central, petrolina etc, exceto quando em confronto direto com o meu time de coração que é o flamengo.
É com muita tristeza que li na imprensa nacional que os dirigentes do sport pretendem entrar com processo contra o fornecedor de materiais esportivos do flamengo, a olympicos, por causa da frase hexacampeão estampada na nova camisa do clube.
Afirmo com toda convicção que durante toda a minha vida jamais ouvi falar de tamanha aberração e me pergunto o que será que esses senhores têm em suas cabeças? (deixo por conta da imaginação de vocês).
Tudo bem, o sport foi campeão do módulo amarelo em 1987, ninguém está tirando esse mérito. Porém, o flamengo foi o campeão do módulo verde, e daí?... cada um comemore o seu como bem entender. Ora se a CBF reconhece o sport como campeão brasileiro desse ano, é problema da CBF, assim como o corínthias foi campeão mundial pela FIFA sem que tenha vencido a copa libertadores.
Pois bem, se a justiça determinar que o flamengo não é hexacampeão, pra nós os 35 milhões de torcedores, continuará sendo. E aí eu pergunto, adianta alguma coisa?
Confesso que as vezes sinto vergonha da minha naturalidade quando vejo fatos dessa natureza e outras, como vejamos: em todos os estados brasileiros houveram muitas festas e comemorações com carreatas e trios elétricos pela conquista do hexacampeonato, menos, segundo relato de alguns conterrâneos, no recife capital do meu estado, onde uns poucos torcedores tiveram que comemorar em ambientes fechados, com medo de represálias.
Penso que, antes de tudo somos todos brasileiros e o flamengo não pertence só aos cariocas, o bahia não é só dos bahianos nem o payssandú é só dos paraenses, vivemos num país livre e democrático, onde podemos escolher a roupa que vestimos, o carro que compramos, a religião que seguimos, e porque não o time que torcemos?
Portanto, aconselho a esses dirigentes e alguns torcedores radicais, que se preocupem mais com o futebol jogado pelos seus times ao invés de se preocuparem com as conquistas alheias, para que não sejam rebaixados e fiquem sem representantes na elite do futebol brasileiro.