sexta-feira, 16 de julho de 2010

Banda larga II

Em postagem anterior de 28/04, abordei a questão dos preços absurdos cobrados pelas operadoras de telefonia na prestação de serviços de internet banda larga e da intenção do governo federal de reativar a Telebrás para concorrer com elas.
Abaixo, trechos de reportagens do jornal Folha de São Paulo para que os leitores e seguidores deste blog tirem suas próprias conclusões:

Reportagem 1
DEM entrará com ação no STF contra reativação da Telebrás
A assessoria de imprensa do partido Democratas - (DEM) confirmou que o partido deve entrar nesta quarta-feira (14/07) com ação no STF (Superior Tribunal Federal) visando impedir que a Telebrás volte a atuar como empresa e lidere o PNBL (Plano Nacional de Banda Larga) do Governo Federal.
Ainda no início desta manhã, o partido entrará com uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF), utilizada para contestar atos do poder público que tenham causado lesão a preceito fundamental. Os planos de entrar contra a reativação da estatal já haviam sido afirmados por Paulo Bornhausen, líder do DEM na Câmara, no mês passado.
No início de maio, a Telebrás foi reativada, mais de 10 anos depois de a empresa ter sido praticamente extinta com a privatização das empresas de telefonia. O governo pretende capitalizar a empresa, com o objetivo de que ela assuma o PNBL.

Reportagem 2
Com nova Telebrás, teles temem perder R$ 20 bilhões.
As companhias telefônicas temem perder R$ 20 bilhões por ano com a volta da Telebrás. O valor se refere a contratos com a administração pública (federal, estadual e municipal, mais estatais) - 20% do faturamento líquido das teles em 2009, informa reportagem de Elvira Lobato, publicada nesta quarta-feira pela Folha
Segundo a Folha apurou, a resistência das empresas ao Plano Nacional de Banda Larga vem do receio de perder as contas de governo, não da eventual atuação da Telebrás na oferta de acesso à internet a usuários finais em locais remotos.
As operadoras alegam que atender à administração pública foi determinante em seus planos de negócios quando participaram da privatização, em 1998.
Para o presidente da Telebrás, Rogério Santanna, o governo federal não representa fatia de mercado significativa para as teles a ponto de justificar reclamação. Ele ratificou que o governo irá contratar a estatal sem licitação.
Santanna disse que as teles não deveriam estar preocupadas com as compras do governo federal, mas que deverão ter que baixar os preços cobrados de seus outros clientes. "Eles cobram valores altos e terão que baixar, porque a Telebrás vai entrar no mercado", disse.

É uma pena que a maioria da população mais carente e menos esclarecida desse país não tenha conhecimento desses fatos.
Seria uma ótima oportunidade de dar o troco nas urnas, já que estamos em ano eleitoral, a determinados partidos e políticos que privilegiam o interesse econômico dos grandes grupos empresariais.

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