quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Queimando gorduras

Apertado por uma crise mundial e a inflação ameaçando bater a sua porta, o governo brasileiro resolveu tomar algumas providências.

Primeiro reduziu a SELIC, ou seja, a taxa básica de juros em alguns pontos percentuais para forçar uma retração dos juros bancários. Em seguida bancou a redução do IPI dos fabricantes de veículos e alguns eletrodomésticos para dar uma aquecida na indústria.

Agora acena com a redução das tarifas de energia elétrica, que com certeza afetará a economia como um todo.

Muito embora alguns economistas de plantão, principalmente as aves de agouro que nunca indicam a solução, apenas criticam e torcem para o quanto pior, melhor, afirmarem que são medidas paliativas, outros acham muito louváveis as atitudes da presidente Dilma e sua equipe econômica.

Os mais informados sabem que essa medida não é também nenhuma bondade do governo e sim a correção de erros de cálculo na cobrança das tarifas efetuadas pelas concessionárias entre os anos de 2002 e 2009 e que já deveria ter sido executada desde o ano de 2010, segundo auditoria feita pelo TCU – Tribunal de Contas da União.

Veja matéria publicada no site do Ministério do Planejamento, clicando aqui.

De qualquer forma com embromação do governo ou não, o importante é que a tarifa de energia baixe e beneficie os consumidores, porque é como se diz no popular “Antes tarde do que nunca”.

Abaixo, matéria divulgada no estadão.com.br e vídeo com pronunciamento do Ministro das Minas e Energia e da Presidente Dilma.

Redução não afeta qualidade dos serviços, garante Dilma

A presidente Dilma Rousseff disse na manhã desta terça-feira que o governo conseguirá reduzir o custo da energia elétrica sem comprometer a segurança do atendimento aos consumidores. Segundo ela, o Estado e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) serão cada vez mais vigilantes e fiscalizarão com rigor o cumprimento dos contratos e a qualidade dos serviços. Ela fez as afirmações durante o anúncio de medidas de redução do custo de energia elétrica no País.

"O bom atendimento é objetivo essencial do nosso governo. A partir de agora, puniremos de uma forma bastante clara aqueles que mal gerirem essas concessões", acrescentou a presidente. Segundo ela, as medidas de redução do custo da energia demonstram a maturidade do sistema econômico e institucional do País. "A sociedade construiu e pagou por esse setor elétrico através de tarifas e chegou a hora de devolver a ela os benefícios desse pagamento, com tarifas mais baixas, mais justas, mais módicas.

"Segundo a presidente, as medidas terão impacto positivo para todos os consumidores brasileiros, sem exceção. "Hoje damos mais um passo decisivo nessa direção. Faremos a maior redução de energia de que se tem notícia neste País, afirmou, lembrando que as quedas são de 16,2% para os consumidores e de um intervalo de 19% a 28% para as empresas.

"Estas reduções poderão ser ainda maiores", destacou. Isso deve acontecer em março, conforme a presidente, quando a Aneel concluir os estudos a respeito de contratos de distribuição que vencem entre 2015 e 2016 e apresentá-los. "Portanto, estes números me permitem dizer que não estou cometendo um exagero ao dizer que estamos tomando uma medida histórica."

A presidente disse ainda que os serviços e produtos no País ficarão mais baratos, porque o peso do custo da energia na composição dos preços irá diminuir. "A medida tem impacto em toda a economia e vai reduzir a inflação e estimular o crescimento", afirmou.

Dilma lembrou que os preços mais baixos irão ajudar o Brasil na disputa internacional para conquistar mais mercados para os produtos nacionais. "Estamos mudando a base competitiva do nosso País e isso nos torna mais fortes para enfrentar a crise mundial", avaliou.

A presidente ainda alfinetou os governos anteriores ao do presidente Lula. "O novo momento exige que o País faça redução de custos e a redução das tarifas decorre do modelo hidrelétrico que implementamos em 2003. Lembro quando o mercado de energia não funcionava, mas esse País mudou, hoje respeitamos os contratos. Contratos venceram, não se  pode tergiversar quanto a isso."


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