segunda-feira, 23 de julho de 2012

A sociedade em que vivemos

Nada mais certo e enfático do que a expressão “violência gera violência”.

Desde que comecei a colocar algumas ideias e pontos de vista neste humilde espaço, cada vez mais me decepciono com os ditos “seres humanos”. Digo isso com relação a criação e educação que muitas famílias brasileiras dão as suas crianças.

Em várias postagens anteriores fiz questão de transmitir e vou continuar sempre que puder, demonstrando minha indignação e abominação com relação a violência doméstica.

Gostaria de relembrar trecho de uma matéria divulgada pela Folha de São Paulo em 26/06/2012, onde uma “professora” aconselha através de um bilhete aos pais, espancar o filho, que no caso é seu aluno. (veja a matéria e o bilhete clicando aqui).

É como se algumas pessoas não tivessem qualquer problema e fossem todas iguais como carros em linha de montagem ou uma manada de ovelhas. Seria mais ou menos assim: “Se meu filho em certa idade aprende uma coisa, o seu também tem que prender” ou “o comportamento de um tem que ser igual ao do outro”. E o pior, a maioria das pessoas que comentaram a reportagem da Folha, defendem a violência como a forma ideal de educar.

Veja também pesquisa realizada nos Estados Unidos onde o estudo diz que Surras podem aumentar as chances de transtornos mentais, publicada no Portal IG, é só clicar aqui.

Abaixo, matéria publicada no portal G1 e vídeo divulgado no Jornal Hoje, sobre o assunto.

Vítimas de agressão na infância podem se tornar adultos violentos

Veruska Donato - São Paulo

Pesquisa realizada pela Universidade de São Paulo mostra que quem apanha na infância, muitas vezes, vira um adulto violento, que espanca crianças. Segundo o estudo, que ouviu quatro mil pessoas em 11 capitais, o agressor de hoje já foi vítima da violência na própria casa no passado

“Quem sofre a punição física quando criança tende a aprender isso também como comportamento aceitável e como uma maneira de lidar com o conflito. Se ele não tiver outras maneiras, outros modelos ao longo da vida, isso tende a se repetir”, explica Renato Alves, pesquisador do Núcleo de Violência da USP.

Setenta por cento das pessoas ouvidas na pesquisa disseram ter apanhado quando crianças, sendo que 20% todos os dias. Foi esse grupo, dos que sofriam agressão com frequência, que admitiu que bateria muito nos filhos quando eles se comportassem mal.

A maioria dos entrevistados apanhava com vara, chinelo, palmada e pedaços de pau. “Geralmente você começa dando uma palmada até que essa aparente e inocente punição física se transforme em espancamento com pedaço de pau”, diz o pesquisador.

Para o juiz da infância e juventude, Luiz Carlos Ditomazzo, os casos que chegam ao Tribunal de Justiça de São Paulo mostram que o agressor pode ser tanto rico quanto pobre. “Nós costumamos dizer que a parede do barraco é mais fina, mas eu não tenho medo nenhum de afirmar que acontece na mesma proporção nas classes mais abastadas”, afirma o juiz.

Luiz Carlos defende uma lei mais dura do que a prisão para o agressor e a obrigação de tratamento médico: “Além da pena, da sanção penal, é preciso que haja a obrigação de um tratamento psicológico ou psiquiátrico”. Na comparação com uma pesquisa feita dez anos atrás, o percentual de entrevistados que apanharam quando criança caiu de 80% para 70%.


Um comentário:

  1. Infelizmente não existe um manual de como educar de forma correta os filhos, mas sou sim a favor de algumas palmadas,veja bem, palmadas e não espancamento, em certos momentos do processo de educação.

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