quinta-feira, 14 de outubro de 2010

A que ponto chegamos

Aqui está o retrato do preconceito, arrogância, intolerância, prepotência, despreparo, atraso, que resumidamente deságua na palavra Ignorância (veja vídeo abaixo).

Vamos analisar por partes:

1º) Não é a primeira vez que acontece uma campanha política ser disvirtuada de suas discussões normais para um patamar totalmente sem sentido, visando a tomada do poder a qualquer preço.
Em 1964, começou-se com a "marcha da família com Deus pela liberdade" organizada por setores conservadores da sociedade brasileira e acabou com os tanques na rua, depondo um presidente da república e implantando uma ditadura de quase duas décadas.
Novamente, esses mesmos setores conservadores tentam mobilizar a opinião pública polarizando a campanha num assunto que deveria ser discutido ao longo do futuro mandato presidencial, ou talvez não.
Seria como se o aborto, que é o assunto em questão, pudesse ser legalizado através de decreto ou medida provisória.
Não que esse assunto não seja importante como também tantos outros o são, mas existem prioridades mais urgentes a serem discutidas e apresentadas propostas, como é o caso da educação, saúde, habitação, segurança, emprego e renda, previdência social entre outros.

2º) Quanto ao personagem do vídeo, vemos que se trata de uma pessoa homófoba, totalmente leiga, desequilibrada e com mania de perseguição, falando coisas sem nexo, inclusive desrespeitando os próprios ouvintes ao chamá-los de covardes.
Muito me admira que uma entidade do porte da igreja católica delegue tamanha responsabilidade a uma pessoa tão despreparada (que saudade de pessoas como Dom Hélder Câmara).
Esse cidadão, se tivesse um mínimo de entendimento, veria que a menos de 150 anos atrás, ele, pelo fato da cor de sua pele não poderia transpor ao menos as escadarias da igreja que hoje ele defende.
Que essa mesma igreja cobrava tributos pelo transporte de escravos da África para o Brasil, e que ela se calou diante de tantas injustiças ocorridas durante o holocausto e tantos outros conflitos.

O que fica de lição nisso tudo, é que a culpa é dos próprios governantes, o feitiço virando contra o próprio feiticeiro, no afã do povo ter memória curta, relegam a segundo plano o principal pilar de sustentação de qualquer sociedade civilizada, a EDUCAÇÃO.


Um comentário:

  1. O problema maior é que esse tipo de gente não cuida do rebanho como deve ser, se mete onde não é chamado com opiniões desequilibrada e direcionada politicamente. Vamos expurgar esses Srs. do convívio social no nosso país.
    Abraço

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