terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

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Foi uma grata surpresa ao acessar hoje a página do MSN Brasil.

Lá estava uma matéria informando sobre a chegada do Internet Explorer 10 para o Windows 7.

Já não era sem tempo, porque a Microsoft vinha sendo ultrapassada por outros navegadores de maior velocidade e praticidade.  A exemplo do Google Chrome e Mozilla Firefox.

Para acessar a página do MSN e baixar a nova versão é só clicar aqui.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Pena de morte

Nesses dias atuais turbulentos, em pleno século 21, cada vez mais cresce a violência e impera a barbárie.

Alguns fatos geram muitas vezes comoção popular.

No Brasil, onde a justiça é lenta e caminha a passos de tartaruga, perde muito de sua credibilidade. A maioria das pessoas ao serem questionadas sobre o problema apela para a pena de morte que alguns sinalizam como a solução mais simples e rápida para tentar cortar o mal pela raiz,

Levando-se em consideração que nos países em foi adotada a pena de morte a criminalidade não diminuiu, não se justifica a adoção dessa medida e considera-se um retrocesso na questão dos direitos humanos onde seu primeiro mandamento é o direito a vida.

Para um melhor entendimento sobre a questão, transcrevemos abaixo, matéria publicada no Jornal da Besta Fubana, de autoria do professor e teólogo Inácio Strieder.

VALOR E QUALIDADE DE VIDA

Naturalmente a vida é o valor máximo que possuímos nesta terra. Quando a vida está em jogo, todos os outros valores perdem seu valor. A ética mais tradicional ensina que, frente a situações em que a vida está em questão, desaparece o direito à propriedade particular, e é permitido retirar-se o alimento de quem o retém, sem que isto seja roubo; para salvar a alguém de seus perseguidores injustos é permitido enganá-los, sem que isto seja mentira; em legítima defesa pode-se matar, sem que isto seja homicídio doloso…

Tudo é permitido para sustentar, proteger e valorizar a vida humana. Desde a Antiguidade estão aí os médicos para cuidar da conservação da vida; a sociedade instituiu a segurança, a polícia, o exército, a justiça para proteger e conservar a vida dos cidadãos.

Na medida em que a civilização progride, não apenas há preocupação com a sobrevivência e conservação da vida, mas os povos buscam também melhorar a qualidade de vida. E onde a qualidade de vida aumenta, cresce também o valor que se atribui à vida. E, ao inverso, onde a qualidade de vida se deteriora, também decresce o valor da vida. Por isto, pode-se estabelecer, na maioria dos casos, uma relação direta entre a qualidade de vida de um povo e o valor que este povo atribui à vida. Mas, o que gera qualidade de vida?

Naturalmente não são apenas os bens econômicos que servem de parâmetro para se medir a qualidade de vida. De certa forma, pode-se conceder que os bens econômicos sejam a base que possibilita a qualidade de vida. Mas, para se avaliar a qualidade de vida é preciso tomar em consideração também os níveis de educação, de racionalidade, de consciência, de liberdade, de saúde, de habitação, de alimentação, de caráter da população,.

Muito dinheiro nas mãos de um ignorante não necessariamente o caracterizará como alguém que valoriza a vida. Há casos de pessoas com muito dinheiro que se suicidam por problemas de saúde física ou psíquica. Portanto, para se poder falar em qualidade de vida, e em valorização da vida, é preciso que se conjuguem um complexo de fatores. A miséria de um povo não se limita à miséria econômica. Por isto, é ilusão afirmar que com o bolsa família se acabará com a miséria do povo brasileiro.. Isto apenas é um aspecto. E, realmente, só pode ser o começo.

Mas a minha intenção, ao refletir sobre a vida, é tecer algumas considerações sobre a questão da pena de morte no Brasil. Tema, de repente, na boca de populares, jornalistas e midiáticos na TV.

A história registra que os homens, em todos os tempos, individual e coletivamente, admitiram (e admitem) o direito de matar em circunstâncias excepcionais, como: em legítima defesa e nas guerras. Disto segue que, em tais circunstâncias, se não queremos ser hipócritas, todos somos a favor da “pena de morte”. Mas, o problema que ora quero discutir é outro: a pena de morte como prática normal e oficial da sociedade.

Na minha opinião, uma oficialização da pena de morte, hoje, em situações normais da sociedade, seria um tremendo retrocesso civilizatório. Pois, considero que o sentido do Estado é defender, sustentar, valorizar e melhorar a vida de todos os cidadãos, e não tirar a vida deles. Isto não significa que, em circunstâncias excepcionais, o Estado não se veja obrigado a tirar a vida de alguém para garantir a vida de cidadãos inocentes ameaçada por marginais.

Da mesma forma como a profissão do médico existe para sustentar a vida, e não para abortá-la ou abreviá-la, assim também o Estado existe em função do valor da vida. A pena de morte legal e ordinária seria a negação do sentido da existência do Estado.

Deste modo, todos aqueles que fazem o Estado, que somos nós, mas que estamos representados pelos legisladores, políticos e pelos que exercem funções públicas, antes de discutirmos a conveniência da pena de morte deveríamos nos perguntar se o Governo, e nós como cidadãos, já fizemos tudo o que está ao nosso alcance para instaurar no país a qualidade de vida compatível com as possibilidades do momento histórico em que vivemos.

De minha parte, até admitiria a discussão sobre a conveniência da pena de morte no Brasil, se todas as crianças deste país tivessem acesso a uma escola de qualidade; se as cidades e o campo estivessem organizados adequadamente; se fosse feita uma justa reforma agrária; se as oligarquias retrógradas se educassem socialmente, e se orgulhassem de serem cidadãos brasileiros; se houvesse distribuição adequada de renda; se houvesse participação nos lucros das empresas pelos operários; se houvesse uma hierarquia adequada nos salários, públicos e particulares; se houvesse emprego para os pais de família poderem sustentar humanamente seus filhos…; enfim, se o país estivesse educado e organizado humanitariamente.

Depois de tudo isto feito, se ainda continuassem os crimes hediondos em proporções anormais, a sociedade, no meu entender, teria direito de apelar para medidas de exceção contra tais abusos, adotando medidas de legítima defesa.

Medidas excepcionais, para situações excepcionais, a história não deixa de relatar. Para caracterizar situações excepcionais teríamos como parâmetro a constituição do país. Isto evitaria abusos. Mas, querer a pena de morte, agora, no século XXI, como justiça ordinária, seria um atraso civilizatório e uma patologia social.

Com certeza, a saudade da pena de morte não se manifestaria, nem no povo, nem na mente de qualquer sádico, se tudo fosse feito para melhorar a qualidade de vida dos cidadãos. O desejo mórbido da pena de morte é mais um sintoma do nível de irracionalidade e inconsciência em que nos encontramos. Só com qualidade de vida se valorizará e respeitará a vida.

Sem uma sociedade humanizada, em todos os sentidos, continuaremos com a “pena de morte bárbara”, já existente no Brasil, aplicada por traficantes, por pistoleiros, por esquadrões da morte, por milícias, por grupos de extermínio, por gangues, por sequestradores, por assaltantes, por policiais despreparados, e por tantos outros criminosos.

É triste viajar ao exterior e ouvirmos os comentários sobre o Brasil, como país de gangsters, de políticos e empresários corruptos. Para reverter esta imagem, e permanecer no rol das nações civilizadas, é preciso uma política voltada, fundamentalmente, para a dignificação da vida de todos os cidadãos. Isto também incluiria a desfavelização do país.

Deixar a aplicação da pena de morte à decisão emocional do povo, tolerando linchamentos e execuções sumárias, implica em perguntarmos com quantas execuções por dia, por mês, por ano o sadismo popular e das elites se satisfaria.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Bahia de todos os ritmos

Mais uma vez a Bahia se supera com o melhor carnaval do mundo.

Todos os anos são milhões de foliões que invadem a boa terra a procura de diversão e descontração no período de carnaval.

O carnaval de Salvador, ao contrário dos carnavais do Rio de Janeiro e São Paulo, não existe concurso para escolha da melhor agremiação, isto é, melhor escola de samba. A única preocupação do folião que vem a Salvador é comprar o seu abadá e dançar ao som dos trios elétricos.

Postamos abaixo, três vídeos com as músicas mais tocadas e que caíram no gosto popular nesse carnaval 2013. Começando pela banda Filhos de Jorge, em seguida as musas Ivete Sangalo e Claudia Leite.


quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Moralidade necessária

Em postagem anterior (veja clicando aqui), comentamos sobre o fato de magistrados aceitarem agrados da iniciativa
privada.

Agora, o CNJ resolveu colocar regras nessa promiscuidade entre servidores do judiciário e empresas dos mais diversos seguimentos.

Nada mais justo. Qual a moral ou isenção teria um juiz para julgar uma ação relativa a empresa ou entidade das quais tenha recebido algum tipo de benesse?

Abaixo, matéria divulgada na Agência Brasil

CNJ prepara regras para que juízes não aceitem benefícios privados

Débora Zampier - Agência Brasil

A participação de juízes em eventos privados e o recebimento de presentes foram discutidos pelo CNJ- Conselho Nacional de Justiça.

Haverá regras para que os magistrados não extrapolem a função pública ao receber presentes, aceitar viagens e outras vantagens. A proposta de resolução apresentada pelo corregedor nacional de Justiça, Francisco Falcão, foi aprovada por seis dos 15 conselheiros.

A discussão foi suspensa por um pedido de vista dos conselheiros Carlos Alberto Reis de Paula, Ney Freitas e Emmanoel Campelo. O debate sobre a proposta deve ser retomado no dia 19 de fevereiro.

Em seu voto, Francisco Falcão defendeu moralidade na magistratura. “Magistrado não pode receber carro, cortesias de cruzeiros, transatlântico, passagem de avião. Isso é uma vergonha, uma imoralidade. Eles devem viver com seu salário e patrocinar do seu próprio bolso o custo de suas viagens, suas despesas pessoais e de seus familiares", afirmou.

A resolução foi proposta como consequência de um pedido de providências envolvendo festa promovida pela Associação Paulista de Magistrados no ano passado. O processo pretendia apurar se juízes e desembargadores do Tribunal de Justiça de São Paulo receberam brindes oferecidos por empresas, como passeios em um cruzeiro, automóvel e hospedagem a um resort, um hotel de lazer usado para relaxamento ou recreação.

A proposta de resolução determina que todos os eventos realizados por tribunais, conselhos de Justiça e escolas oficiais da magistratura tenham gastos abertos para fiscalização. Proíbe magistrados de receber presentes e brindes, inclusive passagens e hospedagem em eventos intermediados por entidades de classe.

As únicas exceções, além das previstas em lei, ocorrem quando a verba de ajuda de custo for paga exclusivamente por entidade de classe de juízes, sem qualquer tipo de patrocínio. Também não há proibição quando o magistrado participar de evento na condição de palestrante, aluno ou professor.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Outro retrato da saúde no Brasil

E por falar em saúde, desta vez com relação ao estado do Maranhão, governado pelo clã dos Sarney’s há mais de quatro décadas, a situação é ainda pior.


Vejam abaixo, matéria de autoria do jornalista Sandro Vaia do Caderno SP, publicada no Jornal da Besta Fubana www.luizberto.com


SARNEY E A FOME NO SOCORRÃO

Sandro Vaia

“O Maranhão não suportava mais nem queria o contraste de suas terras férteis, seus vales úmidos, seus babaçuais ondulantes , de suas fabulosas riquezas (…) com a miséria, com a angústia, com a fome, com o desespero…”

Em 1966, o então jovem de 36 anos José Sarney, eleito governador, empolgava o Maranhão com um discurso de posse literariamente contundente, cheio de palavras ásperas, prometendo colocar um fim na miséria e na corrupção que assolavam o Estado.

Ele prometia “mudar a face do Maranhão” e o povo, entusiasmado, aplaudia. Quem quiser se emocionar com o discurso e com as imagens da pobreza do Estado cuja redenção se iniciava naquela posse, assista ao vídeo que está no final desta postagem e verá, em pouco mais de 10 minutos, um dos documentos mais chocantes já produzidos sobre a realidade política do País, dirigido pelo talento nascente daquele que viria a ser o mais mítico dos nossos cineastas.

Como poderia imaginar o jovem gênio do cinema que se vivo estivesse, agora, 47 anos depois da posse do governador Sarney, seria possível repetir o documentário com o mesmo roteiro de pobreza e miséria que aquele derramado discurso de posse prometia combater e eliminar.

O Maranhão é hoje, 47 anos depois do início do domínio da oligarquia Sarney, o penúltimo estado no Índice de Desenvolvimento Humano do Brasil, superado apenas pelo tenebroso estado de Alagoas, que já foi comandado também por um ex-presidente da República.

Uma semana atrás, o médico diretor de um hospital público do Maranhão, apelidado de Socorrão I, apareceu num programa de televisão e escreveu no Facebook pedindo à população que doasse alimentos e produtos de limpeza para que o hospital pudesse continuar funcionando.

O hospital é municipal, comporta 128 pacientes mas tem 216 internados, e o descalabro em que está é atribuído ao ex-prefeito João Castelo (PSDB), que acaba de encerrar a sua gestão.

O prefeito que assumiu decretou estado de emergência na saúde pública de São Luis. O ex-prefeito, cuja maior obra é o estádio de futebol que consagra seu nome no aumentativo-Castelão-apesar de filiado ao PSDB, recebeu o apoio da governadora Roseane Sarney no segundo turno, mas perdeu para um político do obscuro PTC.

O Maranhão definha, e as palavras de José Sarney de 1966 perderam-se no vento, enquanto ele cortava a fita de inauguração da exposição “Modernidade no Senado Federal-Presidência de José Sarney”, paga com dinheiro público, na semana passada,em Brasília.

Dinheiro que poderia comprar comida para os doentes do Socorrão.